A montadora Tesla foi condenada pela Justiça dos Estados Unidos a pagar cerca de US$ 3,2 milhões (algo em torno de R$ 15 milhões) a um ex-funcionário por conta de episódios de racismo em sua unidade de Fremont, na Califórnia.
A decisão da corte é o desfecho de um caso de 2017 que chegou a obrigar a empresa a pagar R$ 137 milhões (quase R$ 700 milhões) o ex-empregado, mas a decisão foi revertida para um valor mais baixo.
A companhia de Elon Musk é acusada de não tomar atitudes após receber denúncias de hostilidades no ambiente de trabalho, como injúrias raciais e desenhos de suásticas.
Os primeiros documentos da ação chegaram a descrever as dependências da unidade na Califórnia como uma “uma cena parecida com a era Jim Crow”, referindo-se às leis racistas que perduraram nos EUA até o início do século passado.
Análise do caso
Depoimentos afirmam que colaboradores da empresa também rabiscavam caricaturas racistas nas paredes.
Em 2021, um júri concedeu à vítima quase US$ 7 milhões por danos por sofrimento emocional e US$ 130 milhões por danos punitivos à Tesla.
Poucos meses depois um juiz reverteu a decisão para US$ 1,5 milhão por sofrimento emocional e US$ 13,5 milhões referentes a danos punitivos.
Depois disso, o ex-funcionário optou por um novo julgamento e o valor foi reduzido a US$ 3,175 milhões — US$ 175 mil m danos por sofrimento emocional e US$ 3 milhões em danos punitivos.
Carros da Tesla perdem volante durante viagens; EUA investigam
A National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA), reguladora de segurança automotiva dos EUA, abriu uma investigação sobre o SUV Modelo Y da Tesla depois de receber dois relatos de que o volante dos modelos 2023 havia se soltado durante a condução.
A NHTSA iniciou a investigação sobre a possível falha no final da primeira semana de março. A agência estimou que existam mais de 120 mil veículos Modelo Y 2023 nos EUA.
A companhia disse que em ambos os casos os volantes saíram repentinamente dentro de carros com baixa quilometragem e que nenhum dos carros tinha o chamado parafuso de retenção que prenderia o volante à coluna de direção. Em vez disso, disse a agência, o atrito manteve os volantes no lugar.