A picape elétrica da Tesla, o Cybertruck, está gerando polêmica antes mesmo de chegar às mãos dos consumidores.
Recentemente, a fabricante de veículos elétricos liderada por Elon Musk adicionou uma cláusula ao contrato de pedido do Cybertruck, impondo negociações substanciais para a venda do veículo durante o primeiro ano de posse.
De acordo com o documento, os revendedores do Cybertruck podem enfrentar uma multa e até mesmo a concessão total de aquisição de veículos da Tesla.
Além disso, a empresa ameaça ações legais, buscando medidas cautelares no valor mínimo de US$ 50 mil (aproximadamente R$ 250 mil) contra aqueles que violarem as condições condicionantes.
A Tesla não está apenas desencorajando a venda sem permissão, mas também solicita que qualquer proprietário interessado em fazer o Cybertruck ou vender de volta à sua própria empresa ou obter consentimento por escrito antes de realizar uma transação com terceiros.
Críticas
Especialistas do setor, no entanto, têm opiniões divergentes sobre a decisão da Tesla. Enquanto algumas considerações sobre a medida como anticompetitiva, passam a proteger exclusivamente os lucros da empresa, outros acreditam que, embora possa ser legal, representa uma restrição preocupante aos direitos dos consumidores.
Sam Abuelsamid, analista da Guidehouse Insights, destaca: "É uma medida anticompetitiva que visa proteger os lucros da Tesla. A Tesla tentando criar um monopólio no mercado de revenda de Cybertrucks."
Por outro lado, Karl Brauer, analista da Kelley Blue Book, argumenta que "os consumidores têm o direito de vender seus veículos quando e como quiserem. A Tesla está tentando tirar esse direito".
Até o momento, a Tesla não emitiu comentários sobre a situação.