O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes ordenou a suspensão do X (ex-Twitter) do Brasil nesta sexta-feira (30). Moraes determinou que a plataforma seja retirada do país devido ao não cumprimento da exigência de Elon Musk, dono da rede social, indicar um representante legal no Brasil.
Musk, conhecido por seu discurso em defesa da liberdade de expressão, enfrentou um embate direto com o ministro do STF, alegando que as ordens são uma forma de censura.
No entanto, fora do Brasil, o bilionário apresenta outra postura em relação à remoção de conteúdo da plataforma.
Na Índia e na Turquia, Musk cumpriu sem resistência dexenas de ordens governamentais para remover conteúdo ou restringir acessos em sua rede social.
No primeiro da lista, o X bloqueou links para um documentário crítico ao governo de Narendra Modi, e na Turquia, limitou a visibilidade de tuítes em vésperas de eleições presidenciais.
Em ambos os casos, Musk alegou a necessidade de obedecer às leis locais, sem os mesmos protestos demonstrados em relação às determinações brasileiras.
Outros problemas com a Justiça
Esses não são os únicos países em que Musk sofreu alguma penalidade da Justiça.
Na União Europeia, o X está sendo investigado desde 2023 por suposta violação de regras no compartilhamento de conteúdo ilegal e tráfico, e desinformação.
Já na Austrália, Musk criticou uma decisão judicial sobre conteúdo violento, sendo chamado de "bilionário arrogante" pelo primeiro-ministro.