A Turquia exigiu do Twitter nesta segunda-feira a abertura de um escritório do site no país e que a companhia comece a recolher impostos, nas primeiras conversações diretas do governo com representantes do serviço de microblogs desde sua proibição por duas semanas.
O governo do primeiro-ministro, Tayyip Erdogan, bloqueou o Twitter e o YouTube em março, atraindo condenação internacional, depois da publicação de gravações de áudio com denúncias de corrupção.
O bloqueio foi retirado há dez dias, depois que o Tribunal Constitucional decidiu que a ação violou a liberdade de expressão, uma decisão que Erdogan, desde então, disse que estava errada e deveria ser anulada.
O YouTube permanece praticamente bloqueado na Turquia.
O primeiro-ministro, no sábado, acusou o Twitter de ser um "sonegador de impostos", repetindo sua postura combativa à frente das negociações entre o governo e a empresa baseada em San Francisco.
Um alto funcionário turco disse à Reuters que o diretor do Twitter para política pública global, Colin Crowell, estava conduzindo duas rodadas de conversações em Ancara com o objetivo de abrir um melhor canal de comunicação com o governo.
O oficial descreveu o primeiro encontro como "positivo". "O objetivo é que a empresa pague impostos e resolva o problema com o cumprimento das demandas da Turquia, de abertura de um escritório de representação aqui", disse ele.
O governo turco estima que o Twitter gera US$ 35 milhões por ano em receitas de publicidade no país, mas o valor não está sendo tributado por Ancara.
Representantes do Twitter não comentaram o assunto de imediato.