Um tribunal de Madri proibiu de forma preventiva em toda a Espanha as atividades da empresa Uber, que oferece caronas pagas através de um aplicativo de celular, competindo com o serviço regular de táxi, sob alegações de concorrência desleal.
Segundo o tribunal, os motoristas contratados pela Uber não tem permissões administrativas para executar o serviço e, por não precisar de qualquer tipo de treinamento, formam concorrência desleal.
A capital espanhola é a segunda cidade, após Barcelona a apresentar reclamações contra o app norte-americano, que chegou ao país em abril. O aplicativo já havia sido proibido na Alemanha por razões similares e foi motivo de paralisações de taxistas em toda a Europa. O serviço também foi proibído recentemente na capital da Índia, Nova Déli, após um motorista estuprar uma cliente de 27 anos.
Criado em 2009, na Califórnia, o aplicativo funciona de uma maneira simples: motoristas independentes oferecem serviços de transporte a outras pessoas. Por não exigir licença de taxista, é possível que um usuário normal se cadastre no site da empresa e use seu carro particular para dar carona ou conseguir uma renda extra como motorista.
O aplicativo se conecta ao GPS dos aparelhos celulares e envia um motorista ao local onde o usuário se encontra. O app consegue calcular a distância da carona e o preço que pode ser cobrado pelo percurso. O pagamento é feito automaticamente via cartão de crédito, mas o Uber fica com uma comissão de 20% pela corrida.