Em fevereiro, alguns sinais começaram a aparecer em diferentes regiões do Japão. É verdade que o país está vivendo um boom turístico como há muito tempo não se via, impulsionado também pelo Ano Novo Lunar, que aumentou ainda mais o número de visitantes.
Mas, em meio às multidões, uma presença se destacou: a da China. E não apenas pelo número de turistas que chegam, mas principalmente pelos que decidem ficar — ao que tudo indica, de forma permanente.
Uma vida no Japão, sem falar japonês
Quem trouxe esse panorama foi o jornal Nikkei. O Japão passa por uma transformação demográfica e cultural significativa, com o surgimento de bairros com forte presença chinesa, onde os migrantes já são maioria e conseguem viver, trabalhar e se socializar praticamente sem precisar do idioma japonês.
Um dos principais exemplos é a região a noroeste de Ikebukuro, em Tóquio, onde tem se formado uma espécie de "Nova Chinatown", com supermercados, restaurantes, lojas de eletrônicos, farmácias e serviços voltados especialmente para a comunidade chinesa.
Moradores como Tang, um editor que vive na capital japonesa há três anos, afirmam que conseguem resolver tudo pelo celular, com apoio de compatriotas, sem enfrentar barreiras linguísticas ou burocráticas.
Esse ambiente — que alguns já chamam de "zona econômica chinesa" dentro do Japão — permite que os migrantes mantenham seus laços culturais e sociais sem se afastar de suas
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