Vídeo flagra para-raios "contra-atacando" raio com descarga em SP; veja

Registro raro foi feito por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)

31 mar 2023 - 10h28
Foto de para-raios foi feita em São José dos Campos (SP)
Foto de para-raios foi feita em São José dos Campos (SP)
Foto: Divulgação/Agência Fapesp

Pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgaram imagens impressionantes de um conjunto de para-raios agindo durante uma tempestade em São José dos Campos, no interior de São Paulo.

O registro das descargas foi feito com máquinas fotográficas de alta velocidade e resolução, e a as conclusões que os cientistas chegaram a partir das fotos foram publicados na revista Geophysical Research Letters

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  • Pesquisadores utilizaram uma câmeras que captam 40 mil imagens por segundo;
  • Eles estavam a 150 metros dos raios;
  • Foram identificadas 31 descargas;
  • Alguns raios caíram sobre estruturas como chaminés, arrancando pedaços da alvenaria;
  • Pesquisadores que as imagens mostram a importância do equipamento de segurança em edifícios.

Como funciona?

A base da tecnologia de um para-raio é simples, embora existam sistemas modernos que envolvam mais esquipamentos. No geral, trata-se de uma haste de cobre ou alumínio colocada no ponto mais alto de uma estrtura, com fios que se conectam ao chão.

Quando um raio atinge a estrutura, ele passa pela haste e percorre os fios até o solo, protegendo o prédio da descarga elétrica. Mas 1 milissegundo de chegar à ponta do equipamento, a centelha, que tem descarga negativa, se conecta com uma descarga positiva que é criada de baixo para cima. 

No vídeo, é possível constatar que, assim que um raio começa a descer, vários para-raios agem simultaneamente emitindo uma descarga para cima, para se conectar com a que desce. 

Veja o momento registrado pelos pesquisadores do Inpe:

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Os cientiistas alertam sobre a importância de ter equipamentos de proteção contra raios instalado nos prédios. Eles conseguiram identificar uma descarga que ocorreu em uma chaminé de churrasqueira de uma cobertura, arrancando um pedaço da estrutura.

"Qualquer pessoa que esteja numa área aberta pode lançar uma descarga de conexão para cima, de sua cabeça ou ombros, e ser ferida por um raio, mesmo que não seja diretamente atingida por ele", disse Marcelo Saba, pesquisador sênior do Inpe e autor do estudo.

Fonte: Redação Byte
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