O consumo de vídeo somente na Copa do Mundo vai gerar um tráfego de internet equivalente a quase todo o tráfego na Austrália em 2013, segundo um novo relatório da Cisco mostrando que o crescimento no tráfego da web é puxado pelo vídeo.
O relatório, que diz que os vídeos devem impulsionar 84% do tráfego na internet nos Estados Unidos ante cerca de 78% atualmente, levanta questões sobre se as provedoras de serviço de internet devem priorizar o tráfego, que se tornou um ponto polêmico.
"No futuro, em algum ponto, a cada mês vai parecer que há uma Copa pois o consumo não para de crescer", disse Robert Pepper, vice-presidente de política de tecnologia global da Cisco.
A Cisco, fabricante de equipamentos de redes, analisa o uso e a velocidade de dispositivos, conexões e dados para realizar uma projeção anual do crescimento do tráfego na internet.
O relatório divulgado nesta terça-feira coincide com a Comissão Federal de Comunicações (FCC, na sigla em inglês) e seu debate de legislação sobre o tráfego na internet, ou "neutralidade na rede", que pode conceder para companhias de telecomunicações o direito de priorizar tipos de tráfego.
Críticos das alterações propostas temem que as regras criarão "vias rápidas" para companhais que pagam e tráfego mais lento para os outros.
Nem todo o tráfego de internet será igual, segundo o relatório. Dispositivos médicos conectados via internet, por exemplo, terão um perfil de dados diferente da transmissão de vídeo, mas uma maior urgência de velocidade.
O relatório prevê que, até 2018, as máquinas conectadas à internet vão ultrapassar as televisões como os dispositivos conectados com crescimento mais rápido, correspondendo a mais de 46% do tráfego de dados, ante atuais 25%.