Wall Street vê sentido em compra de US$19 bi do WhatsApp pelo Facebook

Analistas permanecem otimistas com as ações do Facebook e preveem que a rede social será líder em dispositivos móveis

20 fev 2014 - 14h44
(atualizado às 15h38)

A compra pelo Facebook do serviço de mensagens instantâneas WhatsApp por  US$ 19 bilhões surpreendeu os mercados, mas analistas dizem que o negócio tem sentido estratégico e que irá solidificar a posição da rede social como líder em dispositivos móveis.

As ações do Facebook caíram cerca de 3% no início dos negócios nesta quinta-feira, perdendo US$ 5,2 bilhões  de valor de mercado. Às 13h16, o papel caía 2,3%.

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Pelo menos duas corretoras reduziram suas recomendações para a ação do Facebook, para "manutenção", mas a maioria esmagadora de analistas permanecem otimistas com o papel.O Facebook irá pagar mais do que o dobro de sua receita anual pelo programa de mensagens que tem pouca receita.

Mas analistas destacaram que o WhatsApp tem atualmente cerca de 450 milhões de usuários. "O Facebook é o líder global em compartilhamento social. Agora, tem a significativa oportunidade de se tornar líder global em comunicações", disse o RBC Capital Markets, em relatório.

Analistas disseram que o preço pelo WhatsApp, fundado em 2009 pelos antigos funcionários do Yahoo Jan Koum e Brian Acton, parece razoável do ponto de vista de valor por usuário. O WhatsApp é muito mais forte que o Facebook Messenger na Europa, na América Latina, na África e na Austrália, e atraiu muitos jovens em um momento em que crescem os temores de que estes estejam saindo do Facebook.

O Facebook irá pagar o equivalente a US$ 42 por usuário, comparado com um valor de mercado de US$170  por usuário do Facebook, e US$ 212 no caso do Twitter, disse Ross Sandler, do Deutsche Bank, em nota.

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O volume de 450 milhões de usuários do WhatsApp está bem abaixo do total de 1,2 bilhão do Facebook, mas os usuários do primeiro são mais ativos. Em qualquer dia, 70% deles estão ativos, comparado com 62% no Facebook.

Dos 44 analistas que cobrem a rede social, 37 têm recomendação de "compra" para a ação, segundo dados da Thomson Reuters. Nenhum recomenda "venda".

Alguns analistas, porém, disseram que o Facebook estava pagando um preço alto para impedir que um rival comprasse o WhatsApp.

Brian Wieser, da Pivotal Research, que reduziu a recomendação de compra para "manter", disse esperar que as ações do Facebook fiquem pressionadas no curto prazo, conforme investidores conheçam os termos e risco de futuras aquisições.

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