WhatsApp quer acabar com o spam analisando as mensagens que você envia

16 jan 2018 - 11h54

Enquanto as fake news estão no centro das atenções do Facebook e outras redes sociais, a equipe de desenvolvimento do WhatsApp está se voltando para outro problema corrente na plataforma: o spam. De acordo com informações extraoficiais, a empresa está testando sistemas que facilitarão a identificação de usuários responsáveis por essa prática, além de marcar automaticamente as mensagens que se encaixam nela.

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Foto: Reprodução / Canaltech

São diversas as características analisadas para que se chegue a essa conclusão. A principal delas é o total de vezes que um texto foi reenviado: nos testes, um total de 25 compartilhamentos é visto como um limite "normal". Depois disso, os usuários começam a receber alertas sobre a possibilidade de o texto que estão tentando passar adiante ser um spam, de forma a desencorajar a disseminação desse tipo de coisa, com o mesmo valendo para quem a recebe.

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Aos usuários comuns, a recomendação para envio de mensagens para todos os contatos, ou uma boa quantidade deles, é a utilização das listas de transmissão, um recurso que permite entrar em contato massivamente e de forma rápida com diversos amigos. É aqui que está a segunda instância de detecção usada pelo WhatsApp: spammers dificilmente utilizarão o recurso, uma vez que o intuito é mandar centenas de textos de uma só vez, normalmente para gente desconhecida e aleatória.

A empresa passa, então, a também monitorar o total de mensagens que um número envia por minuto. Caso um gigantesco volume de utilização seja detectado, as luzes de alerta se acendem para a possibilidade de se tratar de um spammer, no que pode acarretar suspensões ou até o banimento completo para impedir a utilização da plataforma.

Para garantir que usuários comuns não sejam bloqueados de forma errônea, apenas por serem comunicativos demais, outros fatores entram em jogo. A geolocalização, por exemplo, será usada para identificar anomalias de posição geográfica, como um número inglês sendo utilizado a partir de uma rede chinesa em um momento, para horas depois surgir nos Estados Unidos. Uma viagem com tal velocidade ainda não existe, enquanto o uso de VPNs para mascarar a conexão também é comum entre quem dissemina mensagens falsas ou em massa.

Por outro lado, a companhia está trabalhando com a hipótese de erros e, uma vez que o sistema antispam entre em vigor, usuários banidos de forma equivocada poderão entrar em contato para solicitar seu retorno à plataforma. Nesse caso, a empresa fará verificações adicionais de forma a garantir a veracidade das informações prestadas.

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O objetivo final, mais do que impedir a disseminação de mensagens falsas, é acabar com os hackers que usam o mensageiro para enviar malwares. Links do WhatsApp que levam a downloads maliciosos, por exemplo, estão entre as armas recentes do arsenal dos criminosos online, e com o filtro, a ideia é identificar rapidamente quando uma campanha desse tipo está em andamento.

Por enquanto, entretanto, tudo se encontra em caráter de teste. O WhatsApp não se pronunciou oficialmente sobre o assunto, deixando de confirmar ou negar os experimentos com os filtros antispam. De acordo com as fontes, todavia, a novidade deve entrar em funcionamento bem em breve, mesmo que ainda de maneira limitada. Os usuários agradecem.

Canaltech
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