Depois de reduzir o número de mensagens que podem ser reencaminhadas, o WhatsApp anunciou mais medidas para combater os abusos em sua plataforma, como a utlização de contas falsas para enviar grandes volumes de mensagens.
Para isso, a companhia implementou um sistema de inteligência artificial (IA), que aprende com situações já vividas pela companhia ao remover contas problemáticas e também com cenários específicos pelos quais seus engenheiros já passaram ao lidar com essas contas.
Entre as informações utilizadas pela IA estão o número de IP, o país do número de telefone, a idade da conta e se ela começou a disparar muitas mensagens assim que foi criada. Por exemplo, uma conta que tentar disparar 100 mensagens num intervalo de 15 segundos cinco minutos após ser criada é banida pelo sistema. Outro indicador são contas que criam diversos grupos e tentam adicionar milhares de pessoas a esses grupos.
A companhia leva em consideração até o status "digitando", que aparece no topo das conversas. Em ataques de spam, essa mensagem não aparece, então se muitas mensagens são disparadas sem ativar esse recurso, a IA bloqueia a conta. Redes de conexão também dão pistas sobre contas falsas - aquelas que já foram usadas para fazer spam são bloequeadas. Novas contas tentando usar essa rede são varridas pelo sistema.
Assim, o WhatsApp diz que consegue banir 2 milhões de contas por mês, 20% dos quais são barrados no momento da criação. Atualmente, o WhatsApp é usado por 1,5 bilhão de pessoas. O nível de automação do sistema faz com que 75% dos dois milhões remoções seja feita pela IA.
A companhia disse ter identificado vários tipos de abuso na plataforma, como software que permite ter diferentes contas funcionando ao mesmo tempo em um único computador. Também citou a existência de dispositivos que permitem o uso de vários chips telefônicos ao mesmo tempo.