Enquanto os telejornais mostram o aumento da fome no Brasil, com cidadãos disputando ossos para se alimentar, há quem arregace as mangas para fazer a diferença em um momento crítico de desigualdade social no País.
O ator Ailton Graça está à frente de uma ação solidária que acontece neste sábado (23) no Instituto Pirata Negro, presidido por ele, em parceria com a Federação das Associações Muçulmanas do Brasil (FAMBRAS), dentro do projeto ‘Islam contra a fome’.
Serão distribuídos 400 kg de carne, 400 cestas básicas e 400 brinquedos para comunidades assistidas pelo projeto, todas localizadas na região do Jabaquara, zona sul de São Paulo. As doações foram feitas por mesquitas, associações islâmicas e entidades sociais de todo o País.
Ator em novelas de sucesso como ‘Império’ (reprisada atualmente) e comentarista nas transmissões de Carnaval da Globo, Ailton Graça conversou com o blog a respeito dessa iniciativa.
Qual é o trabalho do Instituto Pirata Negro?
O Instituto se formou a partir da ideia de ter no nosso radar as pautas pretas e dos excluídos. Passou a ser uma casa de acolhimento e formação. Nosso intuito é promover oficinas e cursos de empoderamento para o povo preto, periférico e excluído da cidade de São Paulo. Futuramente, como devolutiva para sociedade, e com apoio de grupos empresariais, ofereceremos cursos de cinema, gastronomia, moda, alfabetização... Vamos inserir as pessoas no contexto social e dar ferramentas para que se encontrem como cidadão e cidadã.
Qual é a importância para o Instituto de um projeto como o ‘Islam contra a fome’?
Abrimos as portas para todo grupo que queira promover a equidade social por meio do diálogo e do afeto, com o objetivo de unir nosso povo periférico, excluído e preto. Por isso, estar com a FAMBRAS é muito importante para nós. O Instituto está aberto a pessoas que estejam dispostas a ajudar, a construir um País melhor, mais justo e aplacar um pouco a dor do cidadão e da cidadã, inclusive a fome, porque a fome provoca dor também.
Qual a sua expectativa em relação ao evento?
São todos bem-vindos ao nosso espaço, à nossa casa. Serão recebidos de braços abertos e com um sorriso no rosto. É assim que a gente quer. Dar um braço no nosso povo, acolhê-lo e possibilitar esse momento de grandeza cidadã.