Nos últimos dias, viralizou nas redes sociais e nos apps de mensagens um alerta a respeito de um suposto matador em série de homossexuais na cidade de São Paulo.
A motivação foi a morte do estudante de administração Wellington Cardoso, 25 anos, encontrado com sacolas plásticas cobrindo sua cabeça, em seu apartamento no bairro de Pinheiros.
A cena vista por amigos e a polícia lembra o que ocorreu na casa do ator Luiz Carlos Araújo, 42 anos, no centro da capital, em setembro do ano passado. Ele estava morto em situação semelhante.
Famoso no meio teatral, o artista atuou em várias produções de TV, como ‘Carinha de Anjo’ (SBT), ‘Dalva & Herivelto’ (Globo), ‘Cúmplices de um Resgate’ (SBT) e ‘A Vida Secreta dos Casais’ (HBO).
A investigação apontou morte acidental. Luiz teria usado uma sacola plástica para fazer um exercício de respiração contra a ansiedade. O consumo de álcool, remédios e drogas contribuiu para a perda de consciência e a consequente morte por asfixia.
Apesar de a polícia descartar homicídio, o caso do jovem de Pinheiros e o rumor da existência de um assassino de homens gays ressuscitou a desconfiança original em relação ao que aconteceu com o ator em seu apartamento na rua Aurora.
Teria ele sido a primeira vítima do tal criminoso? As duas tragédias estão ligadas pela orientação sexual das vítimas, as sacolas e a presença de entorpecentes no local, além do fator ‘mistério’.
Por enquanto, a Secretaria de Segurança não vê indícios para reabrir o caso de Luiz Carlos Araújo. As circunstâncias parecidas nas mortes seriam coincidência.
O foco da equipe do 14º DP é desvendar o que aconteceu com Wellington Cardoso. O caso tem tido ampla repercussão na imprensa. Equipes de TV acompanham a investigação.
Na crônica policial paulistana há pelo menos 1 serial killer de homossexuais. Na década de 1980, um garoto de programa que fazia ponto no Parque Trianon, na Av. Paulista, matou 13 clientes, todos bem-sucedidos. Em 2011, o Discovery Channel contou os detalhes em um episódio da série ‘Instinto Assassino’.