Representar algum personagem com importância histórica não é novidade no cinema. Ganhar um Oscar por isso, também não. Aparentemente, a Academia gosta de intérpretes de histórias reais, assim como foi Eddie Redmayne, que venceu neste ano por A Teoria de Tudo, ao entrar na pele de Stephen Hawking. Nas 87 premiações, foram 17 atores que venceram por filmes que são biografias.
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Na premiação deste domingo (22), a tendência se comprovou. Eram vários os filmes que deram vida a histórias reais: Selma, O Jogo da Imitação, Foxcatcher, Sniper Americano...
Mas quais atores que representaram pessoas que existiram de verdade ganharam estatuetas de Melhor Ator? Do cinema preto e branco aos vários longas biográficos premiados nos anos 2000, veja a lista:
Daniel Day Lewis – Abraham Lincoln (2013)
Dirigido por Steven Spielberg, Daniel Day Lewis teve grande atuação em Lincoln (2012), em que representou o presidente dos Estados Unidos, Abraham Lincoln. O longa conta a história dos seus últimos meses de vida, quando se esforçou para colocar uma emenda à Constituição dos Estados Unidos com o objetivo de abolir de vez a escravidão no país.
Colin Firth - Rei George VI (2011)
Em O Discurso do Rei (2010), Colin Firth deu vida a Rei George VI, falando sobre as dificuldades do Rei ao discursar, já que tinha gagueira e precisou de um fonoaudiólogo para superar ao problema. O Rei George VI era pai da Rainha Elizabeth II e viveu até 1947.
Sean Penn – Harvey Milk (2009)
Em Milk (2008), Sean Penn interpreta o ativista gay Harvey Milk, o primeiro homossexual declarado a ser eleito para um cargo público na Califórnia, tornando-se um mártir dos direitos dos gays.
Forest Whitaker – Idi Amim Dada (2008)
Forest Whitaker teve uma atuação muito elogiada ao interpretar Idi Amim Dada, um ditador militar, em O Último Rei da Escócia (2007). Idi foi o terceiro presidente de Uganda, com um mandato entre 1971 e 1979. Seu governo foi um dos mais violentos e conturbados de um país africano.
Phillip Seymour Hoffman – Truman Capote (2007)
Uma das atuações mais brilhantes da carreira garantiu a estatueta a Phillip Seymour Hoffman, por Capote (2006). O filme narra a história do jornalista Truman Capote, no momento em que ele investiga o assassinato de moradores de uma cidade do Kansas, que foi a trama do livro A Sangue Frio.
Jamie Foxx - Ray Charles (2006)
Os desafios do cantor Ray Charles foram contados por Jamie Foxx em Ray (2004). O ator ganhou o Oscar ao mostrar a carreira de Ray desde o seu anonimato ao sucesso nos Estados Unidos.
Adrien Brody - Władysław Szpilman (2002)
Adrien Brody vendeu o prêmio por O Pianista (2001), um longa baseado na autobiografia de Wladyslaw Szilman, um músico judeu e polonês que enfrenta os desafios da Segunda Guerra Mundial.
Geoffrey Rush - David Helfgott (1997)
Em Shine – Brilhante (1996), Geoffrey Rush retrata a vida de David Helfgott, um pianista, que busca a perfeição e enfrenta um pai dominador.
Ben Kingsley – Mahatma Gandhi (1983)
Em Gandhi (1982), Ben Kingsley relata as lutas de Mahatma Gandhi, líder do movimento de independência não-violento e um dos maiores ícones da humanidade quando o assunto é pacifismo.
Robert De Niro – Jake LaMotta (1981)
A memorável atuação de Robert De Niro como o boxeador Jake LaMotta lhe garantiu o Oscar de 1981. Touro Indomável (1980) narrou a história La Motta, que foi um vencedor nos ringues, atingindo 83 vitórias durante a sua carreira. Apesar do sucesso, ele teve uma vida conturbada e era violento também fora dos ringues, chegando a agredir a esposa diversas vezes.
George C. Scott - General Patton (1971)
George C. Scott venceu pelo filme Patton (1970), que relata as ações do general George S. Patton, importante figura da Segunda Guerra Mundial, quando liderou o exército americano e ajudando os aliados a conseguirem a vitória.
Paul Scofield – Thomas More (1967)
Em 1967, Paul Scofield venceu o Oscar ao interpretar Thomas More, um católico que não aprova a separação de Henrique VIII e sua esposa, na produção O Homem que Não Vendeu Sua Alma (1966).
Yul Brynner - Rei Mongkut da Tailândia (1957)
O Musical O Rei e Eu (1956) conta a história de Anna Leonowers, contratada para ser professora dos filhos do Rei Mongkut da Tailândia, que é interpretado por Yul Brynner – atuação que lhe rendeu o Oscar em 1957.
José Ferrer - Cyrano de Bergerac (1951)
Ainda em preto e branco, o longa Cyrano de Bergerac (1950) conta a história de um escritor francês que viveu durante os anos 1600.
Paul Muni – Louis Pasteur (1937)
Em A Vida de Louis Pasteur (1935), Paul Muni contou a trajetória do cientista e químico Louis Pasteur.
Charles Laughton - Henrique VIII de Inglaterra (1934)
No longa Os Amores de Henrique VIII (1933), Charles Laughton interpreta Henrique VIII de Inglaterra, Rei da Inglaterra e posteriormente Rei da Irlanda. Henrique VII governou a Inglaterra de1509 até sua morte, em 1547.
George Assis - Benjamim Disraeli (1930)
No primeiro Oscar dado a um ator em um filme biográfico, Disraeli (1929) mostra a vida de Benjamim Disraeli, que foi Primeiro Ministro do Reino Unido. O longa se concentra na disputa com a Rússia pelo Canal de Suez.