Em cartaz com Cada Um Com Seus Pobrema, Marcelo Medici (52) celebra o sucesso da peça e recorda momentos marcantes que aconteceram enquanto apresentava espetáculo pela primeira vez, entre 2004 e 2005. Um deles foi o convite para sua primeira novela da Globo, Belíssima (2005-2006).
Marcelo Medici conta que tudo aconteceu após receber uma ligação de Silvio de Abreu (81). De acordo com o artista, o roteirista disse que gostaria de ver o espetáculo e, após a apresentação, fazer um convite. "Foi o teste mais longo da minha vida, fiquei tão nervoso [risos]", diz, à TV CARAS.
Apesar da apreensão durante a 1h30 de peça e os oito personagens que interpreta, Medici recebeu o convite para interpretar o personagem Fladson Rodrigues no folhetim. Para ele, a ida à TV se relaciona diretamente com a trama do espetáculo —que após 20 apresentações comemorativas dos 20 anos da peça, retorna para São Paulo com exibições aos sábados, às 19h, e aos domingos, às 17h.
"A peça fala da vida do ator de teatro que nunca conseguiu chegar à TV e ficar famoso. Quando fiz a peça, entre 2004 e 2005, foi quando recebi o convite para fazer minha primeira novela da Globo", completa. "Mesmo que você faça novela e muito sucesso, você ser um ator de teatro, que é o meu caso, deixa esse recomeço eterno. Dependemos do convite para fazer uma novela."
Porém, Medici diz que encontra no projeto o reconforto, até mesmo financeiro, de poder fazer um trabalho próprio, que não o deixe completamente dependente de convites para novas produções. "Porque o boleto vem todo mês [risos]."
O ator continua dizendo que a peça sempre o trouxe boas memórias, como no início deste ano que pretendia fazer apenas quatro apresentações comemorativas. O sucesso foi tanto que se estendeu e ficou em pausa apenas durante as gravações da novela Família é Tudo e do humorístico Vai Que Cola.
Medici ainda diz que, mesmo com todo o sucesso, sempre sente um pouco de receio quanto à aceitação do público. Para ele, é importante manter a peça atual, e fazer com que o humor acompanhe as mudanças do mundo nos últimos 20 anos.
"O mundo mudou muito em 20 anos. Por mais que façamos a adaptação, o humor tem que acompanhar o mundo. Há piadas que ficaram para trás, não que fossem incorretas, mas são coisas que passaram. A gente tenta sempre manter o espetáculo atual e fresco, mas na essência do espetáculo."