Previsto para julho deste ano, MJ the Musical teve a estreia adiada algumas vezes em razão do novo coronavírus. Mais de 213.000 pessoas já morreram de covid-19 nos Estados Unidos, onde o número de contaminados se aproxima de 8 milhões.
Diante dessa realidade dramática, o espetáculo com 25 músicas do repertório do Rei do Pop acaba de ser remarcado para setembro de 2021 no lendário Neil Simon Theatre, em Nova York, mesmo palco onde em anos recentes foram encenados Cats, Angels in America e The Cher Show.
O roteiro é assinado por Lynn Nottage, 55 anos, uma das mais premiadas dramaturgas negras da atualidade. Professora da Columbia University, ela se tornou a primeira (e, por enquanto, única) mulher a ganhar duas vezes o cobiçado prêmio Pulitzer na categoria drama. Em 2019, foi eleita pela revista ‘Time’ uma das 100 pessoas mais influentes.
As coreografias e a direção geral de ‘MJ the Musical’ são assinadas pelo britânico Christopher Wheeldon, 47 anos, vencedor do Tony de Melhor Coreografia por ‘An American in Paris’, em 2015. Ele ganhou fama e prestígio ao criar espetáculos para companhias como New York City Ballet, Royal Ballet e Bolshoi.
Depois de centenas de testes, o escolhido para interpretar Michael Jackson foi Ephraim Sykes, de 35 anos, nascido no estado da Flórida. No currículo artístico, o ator tem o premiado musical Hamilton (transformado em filme pela Disney) e uma versão para TV de Hairspray. Em 2013 e 2014, esteve em Motown: The Musical, quando fez parte do rodízio de atores nos papéis dos irmãos que integravam o Jackson 5, grupo de origem de Michael Jackson.
“Vou fazer o meu melhor para homenagear o homem que me fez querer cantar e dançar. Amo você Michael”, declarou Ephraim em novembro de 2019, ao ser oficializado como intérprete titular do cantor. Haverá ‘stand-ins’ que estarão a postos na coxia para substituí-lo em caso de qualquer imprevisto e ocupar seu lugar em dias de folga.
“Eu realmente quero fazer o meu melhor para trazê-lo de volta para mostrar o quão humano ele realmente era,” disse Sykes. "Espero que todos possamos ter um pouco mais de empatia com ele, suas quedas, seus demônios, suas lutas." Michael Jackson foi ‘cancelado’ postumamente por milhões de pessoas por conta de acusações de pedofilia apresentadas no documentário Leaving Neverland, da HBO, exibido ano passado.