Bruna Marquezine celebra a sua escalação para 'Besouro Azul', da Warner Brothers, com um sabor de vitória pessoal. Após cinco anos dedicados a realizar testes para seleções de elenco no mercado internacional, inúmeros nãos e de "sofrer calada por tantos anos", ela é a primeira protagonista latino-americana de um filme de super-heróis e tudo isso sem o rótulo de 'namorada de jogador de futebol famoso' - já distante da alcunha de 'namorada do Neymar'.
"Não estou namorando há não sei quanto tempo e ninguém vai poder dizer que [a escalação] tem a ver com homem nenhum do mundo. É mérito meu. Sabia que acreditava em mim", conta a atriz em entrevista para a Folha de S. Paulo publicada nesta quinta-feira, 17.
Bruna estrou na TV ainda criança. Em sua carreria na Globo foram 14 novelas. Ainda assim, ela conta que era difícil conseguir papéis complexos, "por muito tempo não tive controle [sobre a imagem], porque pessoas públicas perdem esse direito. Sempre fui para os outros o que diziam que eu era".
"Eu fui uma das poucas crianças que fechou com a Globo, e tive contrato fixo até sair de lá. Mas começava a acreditar que minhas conquistas não eram boas o suficiente, que eu não era digna daquele lugar, que eu só era boa quando era criança e depois disso eu enganei e fui levando as pessoas no carisma", relembra a atriz.
Em outro momento Bruna também relrembra como a insegurança afetou sua carreira: "Cheguei a falar com diretores que eu amo, ‘não posso aceitar [o trabalho] porque não sou atriz’. Não era drama. Pensava, ‘será que um dia já fui [atriz], porra?'. Por que é tão difícil mostrar que sou assim? Por que fazem isso, se unem para bater numa pessoa que está lutando?".
Sem citar nomes, Bruna ainda acrescentou que parte dessa insegurança foi alimentada por pessoas do meio artístico, "foram anos vendo as pessoas [do meio artístico] fazendo eu duvidar do meu valor, do meu esforço".
As filmagens de 'Besouro Azul' começam em cinco meses, antes disso Bruna Marquezine estreia na produção da Netlifx, 'Maldivas', em julho.