O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, criticou o comportamento dos foliões após a realização de um bloco de carnaval, na região central da cidade, durante a madrugada desta quinta-feira,16.
Pelas redes sociais, Paes compartilhou uma série de imagens que mostram a sujeira no local depois do término do cortejo. Na sequência, o prefeito disse que a atitude dos participantes é uma afronta ao "trabalho sério de uma legião de servidores, como Garis e Guardas municipais".
"Vejam o que fizeram hoje na praça Mauá e no entorno do Museu do Amanhã o tal “Minha luz é de Led”. Tudo que a prefeitura pede para aqueles que desejam curtir o carnaval e, principalmente, aos blocos é que tenhamos a informação prévia de onde as celebrações vão acontecer[...] Essas pessoas tem que entender que elas afrontam o trabalho sério de uma legião de servidores, como Garis e Guardas municipais, que trabalham muito duro para que a população possa se divertir", escreveu em seu perfil do Instagram.
Em seguida, Paes classificou como "rebeldia" o fato dos organizadores não comunicarem previamente à prefeitura sobre a atração. Estes blocos, conhecidos como "secretos", divulgam a localidade e horário somente no dia do cortejo.
"Mas alguns cismam em mostrar uma certa “rebeldia” e celebrar sem respeitar os prazos de credenciamento e algumas regras básicas. Elas existem para que possamos nos preparar. Bora celebrar a vida e a democracia nesse carnaval, mas sempre cuidando do Rio[...] Queremos colocar à disposição da população os serviços municipais para que a festa possa acontecer sem que a cidade fique suja, destruída e gerando problemas para aqueles que não estão nela", completou.
O bloco "Minha Luz é de LED", que ocorreu ontem na Praça XV, na Zona Central do Rio de Janeiro, é considerado uma das festividades mais famosas da cidade durante o carnaval.
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Foliões reclamam da violência
Por outro lado, os foliões que participaram do bloco relataram o uso do spray de pimenta por parte de criminosos, além de arrastões durante a atração. "Eu vi assaltantes usando spray de pimenta 2 vezes durante o bloco. Eles usavam e assaltavam as pessoas logo depois. Umas amigas ficaram mais no centro do bloco, perto do Museu do Amanha, e viram vários arrastões", disse uma mulher que esteve no bloco mas que preferiu não se identificar.
Reservadamente, mais um participante destacou a ausência de agentes de segurança pública nas intermediações do bloco. Ainda de acordo com o participante, não houve "qualquer tipo de intervenção por parte dos PMs" durante as cenas de furtos e assaltos.
"Eu vi duas viatuaras da PM. Nas partes com maior concentração de pessoas, que estava até bem próximo de onde se localizavam as viaturas, estavam acontecendo furtos naquele tipo de arrastão, pessoas correndo e pegando os pertences de outros foliões. Eu passei a maior parte do evento no lado oposto, perto do Museu do Amanhã . Ouvi relatos dos assaltos com spray de pimenta mas não cheguei a ver acontecendo. Em momento algum vi também qualquer tipo de intervenção por parte dos PMs", disse.
Diversas pessoas já relataram o uso do spray de pimenta durante os blocos de rua no pré-carnaval da cidade. Nessa modalidade, criminosos têm usado spray para deixar as vítimas vulneráveis durante o roubo.