A tradicional entrega da chave da cidade ao Rei Momo, que marca a abertura oficial do Carnaval do Rio, ocorreu com atraso e sem a presença do prefeito, Marcelo Crivella. Segundo o presidente da Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro (Riotur), Marcelo Alves, e a secretária de Cultura, Nelcimar Nogueira, Crivella ficou com a primeira-dama, Sylvia Jane Hodge Crivella, que está com uma "profunda gripe".
"Falta faria se essa festa não tivesse sido apoiada como ela foi. A festa foi apoiada na organização, financeiramente no que era necessário fazer. E isso é o que é mais importante", disse Nelcimar. "Ele viria conosco, porém ela não melhorou e ele não pôde vir".
A entrega da chave da cidade foi marcada para as 18h, horário em que chegaram à Sapucaí a banda da Guarda Municipal, representantes da velha guarda de diversas escolas de samba e o Instituto Cultural Candonga, responsável por levar a chave às cerimônias.
Nenhum representante da prefeitura apareceu até as 20h e a velha guarda iniciou seu desfile de abertura pelo sambódromo antes da entrega da chave da cidade.
Ao entregar a chave ao Rei Momo, Nelcimar defendeu a decisão de fazer a cerimônia no sambódromo, em vez de usar o Jardim do Palácio da Cidade, local que recebeu a entrega nos últimos anos.
"Enquanto neta de Cartola e de Dona Zica, esse momento para mim foi inesquecível", disse ela. "Estamos vivendo um novo momento que é valorizar os sambistas".
A chave da cidade foi levada à cerimônia pelo Instituto Cultural Candonga, que herdou a responsabilidade de "guardião" da chave do personagem do Carnaval carioca que lhe dá nome. Na década de 70, Candonga, que se chamava José Geraldo de Jesus, assumiu o posto de guardião da chave do Rio de Janeiro. Conta a família que, na época, a chave desaparecia com frequência, o que nunca mais aconteceu após a iniciativa de Candonga.
"O meu pai fez a chave da cidade. Fez esse evento e virou o guardião dá chave. E nós fizemos o Instituto Candonga voltado ao Carnaval", conta Maria Cristina Silva de Jesus.
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