"Coração está acelerado", diz Zico sobre homenagem no RJ

Os torcedores do Flamengo costumam dizer que o dia 3 de março é o "natal rubro-negro". Em 2014, é o dia que a Imperatriz Leopoldinense, coincidentemente ou não, traz à Marquês de Sapucaí o samba-enredo que homenageia Arthur Antunes Coimbra, mas pode chamar de Zico, o mais ídolo da história dos flamenguistas, que completou justamente nesta segunda-feira 61 anos de idade.

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"Já me arrepiei quando passei ali e ouvi a torcida cantando parabéns", disse o Galinho de Quintino, ouvindo de longe a bateria da escola cantando o tradicional "parabéns pra você", engrossando o canto do público, momentos antes de a Imperatriz invadir a avenida, no último dia de desfiles do Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro, já na madrugada de terça-feira (4).

"Isso aí já mexe, o coração começou a acelerar", completou no camarim montado na concentração do Sambódromo, com uma fila de jornalistas do lado de fora tentando uma palavra do ídolo também da Seleção Brasileira.

Humilde como sempre, Zico diz não concordar com essa história de "natal rubro-negro", mas não esconde o sorrido no rosto com tamanha homenagem. "Para com isso, eles falam isso, mas é uma forma de homenagear. Eu agradeço esse carinho. Estou muito feliz e agradecido", afirmou.

O grande homenageado da noite trouxe não só uma legião de fãs, que se espremiam por uma foto e um autógrafo em frente ao camarim, mas também ex-companheiros da equipe do Flamengo campeã do mundo e da Libertadores em 1981, como Júnior, Leandro, Raul Plasmann, dentre outros. Eles saíram numa ala que vai homenagear justamente estas duas conquistas histórias rubro-negras.

"São amigos que eu fiz no futebol, e a vida é feita disso, de grandes amizades. Eu sou muito grato a eles por terem aceitado e uma forma de homenageá-los também. Todos que estão aí foram muito improtantes na história do futebol brasileiro", explicou.

Dentre as várias alas que vão contar a história do garoto de Quintino, no subúrbio do Rio, que viria a ser o grande ídolo da maior torcida do Brasil, existe uma apenas para os clubes rivais, representada por craques de times rivais, como Roberto Dinamite e Edmundo, ídolos do Vasco, maior rival rubro-negro, além de representantes de Botafogo e Fluminense.

"Esses clubes participaram da minha vida. Eu nunca tratei como inimigos, apenas como rivais. Acho que se não fossem eles não estaria aqui sendo homenageado como estou hoje", finalizou o homenageado da noite, apressado para, enfim, entrar na avenida com sua calça e sapato brancos, e a um terno de lantejoulas rubro-negras. "Está pesado, mas fiz uma musculação, e estou forte. Está tudo certo".

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