Fantasiada da cantora e poetisa americana Patti Smith, com peruca castanha, calça preta e suspensório, e segurando um cartaz com os dizeres "People Have The Power" ("O povo tem o poder", em inglês), a atriz Leandra Leal dançou sambas e músicas pop brasileiras e internacionais no bloco Rival Sem Rival, fundado por sua família, em frente ao Teatro Rival, no centro do Rio, na noite desta sexta-feira (28).
"People Have The Power" é o nome de uma música da cantora americana, que fala do poder das pessoas de mudar a realidade e a sociedade. Centenas de foliões lotaram as pequenas ruas da região para curtir o bloco, que é uma espécie de "boate na rua" e atraiu também artistas como o ator global Humberto Carrão.
Leandra disse esperar que o desfile do Cordão do Bola Preta, que acontece na manhã deste sábado, no centro, seja excelente. "Vai ser mais incrível que no ano passado", disse a atriz, que é porta-estandarte do bloco. No ano passado, o desfile do Bola Preta, o que mais atrai foliões às ruas do Rio, acabou em tumulto, com muitas pessoas subindo em carros, passando mal e saindo carregadas. Leandra minimizou a confusão, e disse que ela aconteceu em apenas uma parte do circuito.
Esse ano, a atriz desfila na escola de samba Mangueira. "Vou representar o Bola Preta na Avenida", disse Leandra. O enredo da Mangueira esse ano é sobre festas populares brasileiras.
Entre os foliões do Rival Sem Rival, estavam muitas pessoas que saíram direto do trabalho para a festa de Momo, como o atendente de restaurante Cristiano Santos, de 28 anos. Ele estava com um grupo de amigos em volta de isopores e sacolas térmicas contendo parte das 250 latas de cerveja que ganhou de presente. "Meu chefe me deu as cervejas para comemorarmos o aniversário no carnaval e resolvemos trazê-las para o bloco", disse Cristiano.
O público GLS marcou presença no Rival Sem Rival, cuja expectativa de público era de mil pessoas. A fantasia do fisioterapeuta Pedro Costa, de 40 anos, pedia mais respeito aos direitos de gays e lésbicas. "Estou vestido de Cloridrato de Homofibilina, um remédio para curar homofobia. É preciso que as pessoas se conscientizem sobre os direitos dos homossexuais não só no carnaval, mas durante o ano todo", afirmou ele, que usava o roupão cirúrgico com o nome do "medicamento" e segurava uma seringa e um frasco de "comprimidos" de corações vermelhos.
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