Lívia da Silva Moura, irmã do ex-jogador de futebol Leo Moura, foi presa na manhã desta terça-feira, 13, por suposta venda de ingressos falsos para camarotes na Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Civil, a investigação teve início quando vítimas denunciaram o golpe na 19ª Delegacia Policial, da Tijuca.
Em nota, enviada ao Terra, a Polícia Civil explica que a autora cobrava R$ 5 mil no ingresso para duas pessoas, de acordo com o que foi revelado em depoimento pelas vítimas.
Com a compra do ingresso, Lívia garantia aos compradores que seus nomes seriam colocados em uma lista de convidados. Mas, ao chegarem no local, descobriam se tratar de um golpe.
As diligências foram realizadas em conjunto com a delegacia temporária do Sambódromo, a projeção da 6ª DP (Cidade Nova). A ação é parte da Operação Carnaval Seguro.
Histórico
Livia Moura já responde por dois casos de estelionato. A irmão de Leo teria, segundo autoridades, roubado e assinado cheques de outro jogador de futebol, Renato Augusto. À época, ela encarregou-se de contratar atrações para o aniversário de um ano do casamento de Renato. Porém, nunca houve nenhum show.
Posteriormente, em 2022, Livia criou um site falso de venda de ingressos para o festival Rock in Rio, onde as vítimas pagavam via Pix. Após diversas denúncias, a empresa de Roberto Medina, organizador dos shows, resolveu abrir um processo. Quando não a encontraram em sua casa, a polícia declarou Livia como foragida.
Da mesma forma, 30 torcedores do Flamengo também sofreram com os golpes de Livia. Em 2019, eles planejaram uma viagem ao Rio de Janeiro para assistir a um jogo contra o Grêmio. Só com os ingressos, comprados com Livia, os adeptos gastaram mais de R$ 25 mil. De acordo com uma das vítimas, ela alegava ter um contrato com o Flamengo. Após os ingressos não chegarem, Livia informou que devolveria o valor das entradas. Ela chegou até a apresentar um extrato falso de depósito para a polícia. Porém, a devolução nunca aconteceu. *Com informações da Perfil Brasil