Liesa cancela rebaixamento da Grande Rio e Império Serrano

1 mar 2018 - 11h06
(atualizado às 11h10)
Atriz Juliana Paes desfilou pela Grande Rio
Atriz Juliana Paes desfilou pela Grande Rio
Foto: Reuters

A Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) decidiu na noite de ontem (28) que nenhuma agremiação será rebaixada do Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro. Com a mudança no regulamento, a Império Serrano, última colocada no ano passado, e a Grande Rio, a penúltima, se manterão na elite do samba no ano que vem.

Em 2019, o Grupo Especial terá 14 escolas, já que a Unidos do Viradouro, campeã da Série A, retornará ao desfile principal. O acordo prevê também que duas escolas serão rebaixadas no ano que vem e em 2020, para que o grupo volte a ter 12 agremiações em 2021.

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A decisão foi comunicada em nota pela Liesa. Segundo o texto, as 12 escolas do Grupo Especial concordaram com a manutenção das duas que seriam rebaixadas.

O presidente da Liesa, Jorge Castanheira, afirmou na nota que a decisão foi tomada pensando no futuro do espetáculo. "Foi um Carnaval extremamente competitivo, no qual as escolas demonstraram, mais uma vez, toda sua força e capacidade de superação. Tomamos esta decisão pensando no futuro do espetáculo e as escolas concordaram, ainda, que exceto se houver uma situação de calamidade, não mais acontecerá este tipo de alteração no regulamento". A liga afirma ainda que a decisão foi tomada "em clima de forte emoção".

O Grupo Especial já contava com uma escola a mais em 2018, porque nenhuma agremiação foi rebaixada em 2017. Na época, a decisão foi tomada devido aos acidentes que deixaram 32 feridos nos desfiles da Paraíso do Tuiuti e da Unidos da Tijuca. As duas agremiações seriam rebaixadas.

Escolas com tradição

Apesar não ter conquistado títulos, a Grande Rio é considerada uma das gigantes do Carnaval carioca, por seu bom desempenho nos anos anteriores. Desde 2001, a escola desfilou entre as campeãs 13 vezes. No desfile deste ano, a Grande Rio levou um enredo sobre o apresentador Chacrinha para a avenida, mas foi penalizada pelo atraso ao encerrar o desfile.

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O problema foi causado pela alegoria O Carnaval em Minha Vida, que ficou presa na agulha de acesso à pista da Avenida Presidente Vargas, quando estava sendo deslocada para entrar na Marquês de Sapucaí.

Já a Império Serrano, escola tradicional da região de Madureira, na zona norte, retornou ao Grupo Especial no ano passado, com o título da Série A. A escola já foi campeã do Carnaval carioca, mas estava desde 2009 na segunda divisão do samba.

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Agência Brasil
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