O grupo especial do Rio de Janeiro terá hoje (27) sua segunda noite de desfiles, que será encerrada pelas duas maiores campeãs do Carnaval: Portela e Mangueira.
Na primeira noite, desfiles grandiosos de Beija-Flor e Salgueiro e as participações emocionantes na Grande Rio e na Imperatriz foram os destaques. Na Paraído do Tuiuti, um carro alegórico atropelou 20 pessoas e três foram internadas em estado grave no Hospital Souza Aguiar.
Às 22h, o desfile começa com a União da Ilha e seu enredo sobre o tempo, em uma perspectiva trazida por lendas angolanas. A escola vai falar sobre o poder transformador do tempo e sua regência sobre a "árvore da vida", criando, como diz a sinopse do enredo, "a cronologia entre as raízes do passado, as folhas do presente e os frutos do futuro".
O segundo desfile, às 23h25, é o da São Clemente, escola que escolheu o curioso enredo Onisuáquimalipanse, palavra inventada para aportuguesar a frase "envergonhe-se quem pensar mal disso", em francês. Ambientado na França de Luís XV, o enredo vai contar uma história de palácios estravangantes, vaidade e corrupção.
A terceira escola da noite é a Mocidade de Padre Miguel, que vai ao clássico As Mil e uma Noites resgatar o conto de Sheherazade para falar sobre o Marrocos. Palácios, hábitos e religião devem entrar no enredo, que vai lembrar também a imigração árabe para o Brasil.
A Unidos da Tijuca vai unir Louis Armstrong e Pixinguinha em uma homenagem à importância dos dois compositores para a música do continente americano. O enredo cria a partir de um encontro real entre os gênios, ocorrido em 1957, no Palácio das Laranjeiras, no Rio de Janeiro. O desfile está marcado para 2h15.
Logo depois, é a Portela que desfila na Marquês de Sapucaí, às 3h40. A escola de Madureira vai falar do papel central dos rios na vida humana, desde a formação das civilizações, o comércio e a urbanização. A fé, os mitos e a necessidade de preservação dos rios também estão na programação da escola.
Campeã do ano passado, a Mangueira entra com peso na avenida às 4h50 e pede intercessão aos santos para ganhar mais um Carnaval. A escola vai levar para a Sapucaí os santos que marcam a fé brasileira, sejam eles católicos ou de matriz africana.