Porto da Pedra é rebaixada para Série Ouro no carnaval do Rio de Janeiro

A Porto da Pedra, escola que abriu o desfile das escolas de samba no carnaval no Rio de Janeiro, foi rebaixada após a apuração das notas nesta quarta-feira, 14. O evento aconteceu pela primeira vez na Cidade do Samba, após decisão tomada pelo presidente da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa). 

Após ganhar a Série Ouro em 2023 e subir para o Grupo Especial, a escola de São Gonçalo não conseguiu permanecer na elite das escolas de samba. A escola ficou com 264.9 pontos.

Um problema com a última alegoria fez com que ela demorasse a entrar na avenida da Sapucaí, provocando um buraco enorme que podia ser notado pelas duas primeiras cabines de julgamento, sendo que a segunda era módulo duplo, o que deve ter gerado bastante perda de pontos.

Em seu retorno ao Grupo Especial, a Unidos do Porto da Pedra reverenciou os ensinamentos do livro Lunário Perpétuo no desfile de 2024. Em uma homenagem, o carnavalesco Mario Quintaes se vestiu de Jerônimo Cortés, o Valenciano, que escreveu em 1594 a obra que deu origem ao enredo da escola.

O enredo é dos compositores Guga Martins, Passos Júnior, Gustavo Clarão, Lucas Macedo, Leandro Gaúcho, Clairton Fonseca, Richard Valença, Gigi da Estiva, Abílio Jr., Marquinho Paloma, Cristiano Teles e Ailson Picanço.

A escola, que, além do carnavalesco Mauro Quintaes, também conta com o enredista Diego Araújo, explica que Lunário Perpétuo é um almanaque que remete à era medieval, lá no século 19. Foi escrito na Espanha e, depois de 200 anos, veio para o Brasil.

Viradouro campeã

A Unidos do Viradouro é a grande vencedora do carnaval do Rio de 2024. A escola de Niterói foi a última a passar pela avenida na segunda noite de desfiles do Grupo Especial e levou para a avenida da Sapucaí o enredo Arroboboi, Dangbé, sobre a energia do culto ao vodum serpente e a chegada do culto originário do reino de Daomé, na África, em terreiros da Bahia.

Com a liderança do carnavalesco Tarcísio Zanon, a Viradouro levou uma explosão de cores para a Sapucaí, indo além do seu tradicional vermelho e branco, além de iluminação fluorecente para garantir o brilho das alas e alegorias mesmo durante o amanhecer.

A escola também conta com um dos nomes mais famosos à frente da bateria, o mestre Ciça, e com a atriz Érika Januza como madrinha da bateria.