Grupo Especial do Rio abre com Ivete, indígenas e literatura

26 fev 2017 - 11h50
Desfile da escola de samba Acadêmicos da Rocinha, válida pelo Grupo de Acesso, no Sambódromo Marquês de Sapucaí no Rio de Janeiro (RJ), nesse sábado (25).
Desfile da escola de samba Acadêmicos da Rocinha, válida pelo Grupo de Acesso, no Sambódromo Marquês de Sapucaí no Rio de Janeiro (RJ), nesse sábado (25).
Foto: Dhavid Normando/Futura Press

O desfile das escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro começa hoje (26) com dois enredos que deram o que falar no pré-Carnaval. Entre os destaques da noite estão a Grande Rio, que trará a cantora Ivete Sangalo no segundo desfile da Sapucaí, e em seguida, a Imperatriz Leopoldinense desfila com lideranças indígenas e críticas ao agronegócio. Salgueiro e Beija-Flor encerram a primeira noite com clássicos da literatura.

A primeira escola a entrar no sambódromo, às 22h,  é a Paraíso do Tuiuti, que retoma a ideia da antropofagia para falar sobre a cultura brasileira, destacando seu poder de criar originalidade a partir das imposições e influências externas. O enredo fala da formação cultural do País até chegar ao tropicalismo e sua contribuição para o Carnaval.

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Às 23h25, começa a estreia de Ivete Sangalo no Carnaval do sambódromo, com o desfile da Grande Rio. Recheada de famosos, a escola vai contar trajetória da baiana de Juazeiro, que arrasta multidões no Carnaval da Bahia e emplacou sucessos musicais que há anos animam festas em todo o País.

O terceiro desfile trará o clamor dos povos indígenas por preservação para a avenida, com a Imperatriz Leopoldinense, à 0h50. A escola parte do Xingu para contar a história de extermínio dos povos indígenas que viviam no Brasil e chegar até as ameaças atuais às tribos e suas terras. O enredo causou indignação em representantes do agronegócio, que se manifestaram contra a escolha da escola.

A Vila Isabel dá sequência aos desfiles com o enredo O Som da Cor, que vai celebrar os frutos da cultura musical negra no continente americano. Seja no Brasil, no Caribe ou nos Estados Unidos, ritmos nasceram e se misturaram com o protagonismo de compositores e cantores afrodescendentes e a escola vai homenagear o blues, o funk, o soul, o hip hop e destacar o samba.

Às 3h40, o Salgueiro leva para a avenida a Divina Comédia do Carnaval, com uma releitura da famosa obra de Dante Alighieri. Como no livro, a escola faz um percurso pelo inferno, o purgatório e o céu, homenageando grandes nomes do Carnaval pelo caminho.

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O desfile da Beija-Flor de Nilópolis, às 4h50, encerra a primeira noite com Iracema, a virgem dos lábios de mel. O clássico de José de Alencar será recontado em alegorias e alas pela escola, que vai chamar a atenção para a raiz indígena do povo brasileiro.

Mais seis escolas desfilam na segunda-feira, também a partir das 22h, e a campeã do Carnaval carioca será conhecida na quarta-feira, com a apuração das notas dos jurados: 22h - União da Ilha; 23h25 - São Clemente; 00h50 - Mocidade; 2h15 - Unidos da Tijuca; 3h40 - Portela; e 4h50 - Mangueira.

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Agência Brasil
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