Carnaval de São Paulo: fique por dentro de tudo que rolou

Confira mais sobre os enredos e desfiles da Escola de São Paulo; apuração será nesta terça (6)

5 mar 2019 - 06h21
(atualizado às 06h30)

O Carnaval de São Paulo 2019 já teve logo em seu começo um momento bastante emocionante, com uma homenagem ao sambista Arlindo Cruz. Tom político, lembrança das origens africanas e reflexões marcaram os enredos das escolas. Confira o que rolou de mais importante nos dois dias:

Colorado do Brás

A Colorado do Brás homenageou o Quênia e o desenho “O Rei Leão” em seu enredo, chamado “Hakuna Matata, isso é viver”. A temática de candomblé, que deu “sorte” no acesso no ano passado, novamente foi utilizada.

Publicidade
Colorado do Brás homenageou o Quênia
Colorado do Brás homenageou o Quênia
Foto: ALAN MORICI / Agência Estado

Império de Casa Verde

Sucesso absoluto na internet, o enredo “O Império Contra-Ataca” foi recheado de referências à história do cinema, como os irmãos Lumière, o filme “De Volta Para o Futuro”, “Transformers”, e claro, Star Wars. Uma coincidência divertida é que havia uma ala chamada “Cantando na chuva”, em que os integrantes tinham guarda-chuvas, e dessa forma não se molharam com a água que caí sobre o desfile.

A Império de Casa Verde fez um desfile inspirado no mundo do cinema
Foto: Vagner Magalhães / Vagner Magalhães/Especial para o Terra

Mancha Verde

Viviane Araújo é a Rainha de Bateria da Mancha Verde pelo 13° ano. Em 2019, ela desfilou pelo Anhembi fantasiada de Princesa do Congo
Foto: Newton Menezes / FuturaPress

A Mancha, de Viviane Araújo, discutiu escravidão, direitos dos negros e intolerância religiosa no enredo sobre a princesa africana Aqualtune. As críticas foram bem explícitas: houve alas com passistas acorrentadas e alusões às escravas reprodutoras.

Acadêmicos do Tucuruvi

Mais um desfile cheio de críticas sociais, norteado pela tema de liberdade. O samba-enredo retomou versos de músicas compostas durante a ditadura.

A Rainha de Bateria da Acadêmicos do Tucuruvi, Cintia Melo
Foto: Newton Menezes / FuturaPress

Acadêmicos de Tatuapé

A Acadêmicos de Tatuapé optou por fazer uma comparação entre guerreiros antigos e seres mitológicos aos “lutadores do cotidiano” do Brasil atual. Apesar de um probleminha com dois carros, a agremiação não estourou o tempo

Publicidade
Andrea Capitulino é a Rainha de Bateria da Acadêmicos do Tatuapé
Foto: Newton Menezes / FuturaPress

X-9 Paulistana

Arlindo Cruz desfilou pela X-9 Paulistana e emocionou o público.
Foto: Newton Menezes / FuturaPress

Novamente com Juju Salimeni à frente da bateria, a agremiação fez uma homenagem muito emocionante comemorando os 60 anos de Arlindo Cruz. O Sambista sofreu um AVC em 2017 e hoje anda na cadeira de rodas.

Tom Maior

Fechando a primeira noite em SP, a Tom Maior investiu em um enredo surreal. “Interrogações do nosso imaginário na busca do inimaginável” foram o tema, que teve de Darwin à Bíblia.

Pâmella Gomes, a Rainha de Bateria da Tom Maior
Foto: Paulo Lopes / FuturaPress

Águia de Ouro

No segundo dia de desfiles, a Águia de Ouro usou o “que país é esse de Cazuza” para criticar a ganância e a corrupção. Campeã do grupo de acesso do ano passado, até da Lava Jato ela lembrou, em seu último carro alegórico.

"Que país é esse?" criticou ganância e corrupção
Foto: Paulo Whitaker / Reuters

Dragões da Real

Simone Sampaio, Rainha de Bateria da Dragões da Real
Foto: Newton Menezes / FuturaPress

Assim como a Império da Casa Verde, a Dragões da Real falou sobre os diversos aspectos do tempo. As alas fizeram uma viagem através do passado, presente e futuro. O desfile foi bastante elogiado e fez sucesso na internet.

Publicidade

Mocidade Alegre

Vice-campeã em 2019, a Mocidade investiu em uma lenda amazônica de paixão entre a lua e sol. As lágrimas dos dois amantes culminaram no nascimento do rio Amazonas. Durante o desfile,  a presidente, Solange Rezende, passou mal e teve que ser atendida pelo serviço móvel.

Aline Oliveira é Rainha de Bateria da Mocidade Alegre, terceira escola a desfilar na segunda noite de desfiles do Carnaval de São Paulo.
Foto: FuturaPress

Vai-Vai

Disposta a distribuir alfinetadas e chamar a atenção para a luta do povo negro, a Vai-Vai, com 15 títulos, criou um “quilombo do futuro”, com referências à morte da vereadora Marielle e ao Pantera Negra, herói negro de maior sucesso da Marvel.

Uma das alas da escola de samba Vai Vai
Foto: Newton Menezes / FuturaPress

Rosas de Ouro

O povo armênio foi o tema da Rosas de Ouro. Eles foram assassinados pelos turcos há mais de cem anos em um genocídio com mais de 1,5 milhão de mortes. Para definir sua fantasia, a Rainha de Bateria, Ellen Rocche usou a seguinte frase: “sou fera, recatada e do lar”.

Ellen Roche, rainha de bateria da Rosas de Ouro
Foto: Newton Menezes / FuturaPress

Vila Maria

A Unidos de Vila Maria resolveu homenagear o Peru, valorizando a cultura e contando sobre as belezas naturais do chamado “Império do Sol”, nome dado aos indígenas que ali viviam.

Publicidade
O desfile da Unidos de Vila Maria no Carnaval de 2019
Foto: FuturaPress

Gaviões da Fiel

Com Sabrina Sato pela primeira vez no posto de Rainha de Bateria, a Gaviões fez uma releitura sobre a história do tabaco, que já havia sido tema da agremiação, em 1994. A comissão de frente foi marcante, com um embate entre o diabo e um arcanjo.

Sabrina Sato, desde 2004 como madrinha de bateria, virou rainha
Foto: Paulo Whitaker / Reuters

Veja também

Salvador: Anitta puxa bloco das Poderosas com look É o Tchan
Video Player
Fonte: ED
Fique por dentro das principais notícias
Ativar notificações