A cobrança pelo uso de banheiros ou a simples proibição, por parte de bares e lanchonetes, dividiu os foliões que pularam o bloco do Jegue Eelétrico, neste domingo, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo.
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Pela Avenida Brasil, já próximo à Avenida Rebouças, estabelecimentos ostentaram um, dois e até três avisos grandes de que banheiros ali eram só para os clientes. Em uma unidade da rede Habibs, na esquina da Brasil com a rua Teodoro Sampaio, o aviso até permitia uso de banheiro ao não cliente - desde que com a retirada de uma ficha de R$ 3 no caixa.
"Isso é um absurdo. A gente paga tanto imposto para não ter nem onde se aliviar com a festa na rua?", reclamou o zelador Valter Bessa, 46 anos, de Pinheiros. Se ele próprio permitiria o acesso do folião se fosse o comerciante? "Sim, mas não em um dia como hoje. A menos que a pessoa consumisse", ressalvou.
"Está errado cobrarem ou proibirem. É um serviço para a comunidade", definiu o publicitário Rodrigo Vasquez, 31 anos, da Bela Vista (centro).
"O grande problema de se proibir ou cobrar pelo uso de banheiros é o pessoal fazer as necessidades na rua. Eu mesmo vi vários fazendo", relatou o professor Vitor Silva, 25 anos, de Ferraz de Vasconcelos (Grande SP).
Dono de um bar na Teodoro Sampaio - por onde o Jegue Elétrico passou -, o comerciante João Francisco, 37 anos, adotou uma estratégia sem proibição e sem "taxa-banheiro": o folião podia usar os sanitários à vontade desde que consumisse algum produto do estabelecimento. "Se eu libero o banheiro fica uma muvuca na entrada do bar e não vendo nada, ficaria só em função disso", explicou.
Apesar de não cobrar pelo uso, o comerciante admitiu que a cerveja cobrada no local entre 7 a 9 reais estava R$ 1 mais cara do que o vendido durante a semana.
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