A cada R$ 1 investido, R$ 1,59 são recuperados. Parece pouco, mas quando são analisados os valores totais recuperados através da lei de incentivo à cultura, popularmente conhecida como Lei Rouanet, as coisas mudam de figura — astronomicamente, diga-se de passagem. De acordo com o estudo da FGV (Fundação Getúlio Vargas), os 59% gerados a mais por cifra gasta acumulam uma injeção total de R$ 49,78 bilhões à economia nacional (via Exame).
Mais detalhadamente falando, a Lei Rouanet, em vigência desde 1993, recuperou R$ 31,22 bilhões, gerando outros R$ 16,58 bilhões em cima desta cifra inicial. Ou seja, o decreto federal — vilipendiado nas redes sociais ao ser associado à corrupção dos últimos governos brasileiros e tachado por muitos como uma forma de gastar dinheiro e financiar artistas que já tem seus próprios recursos com dinheiro público — não é o que maioria de seus críticos dizem ser. É uma lei que, na verdade, ajuda a movimentar e fortalecer um setor da economia nacional que representa 2,64% de todo o PIB (Produto Interno Bruto).
Os sólidos dados da FGV demonstram, portanto, que a Lei Rouanet é uma forma de gerar uma riqueza 59% maior aos valores gastos. Em termos de investimento, pode ser uma das medidas mais importantes para a economia como um todo, especialmente para o setores criativo e da cultura: afinal, ainda de acordo com estatísticas da Exame e da FGV, as 251 mil empresas que atuam no segmento geram um milhão de empregos e pelo menos R$ 10,5 bilhões por ano, para além da Lei Rouanet em si.
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