A coroa que o rei Charles III usa para a cerimônia de sua coroação neste sábado, 6, em Londres, no Reino Unido, é um dos grandes símbolos da releza britânica.
Na festividade, Charles recebeu a Coroa de Santo Eduardo, que, segundo o Daily Mail, tem sido usada para coroar monarcas britânicos desde o século XIII.
Muito ouro e pedras preciosas
A coroa original era uma relíquia sagrada mantida na Abadia de Westminster, local de sepultamento de Eduardo, até ser derretida pelos parlamentares em 1649 durante a Guerra Civil Inglesa. A versão atual da Coroa de Santo Eduardo foi feita para Carlos II em 1661. Foi modelada para se assemelhar muito à coroa medieval, com uma pesada base de ouro e aglomerados de pedras semipreciosas, mas os arcos são muito barrocos.
A coroa é de ouro maciço e pesa quase 5 libras. É decorada com 444 pedras preciosas e semipreciosas, incluindo turmalinas, topázios brancos e amarelos, rubis, ametistas, safiras, granada, peridoto, zircões, espinélio e águas-marinhas.
Apenas seis monarcas foram coroados usando a Coroa de Santo Eduardo: Carlos II (1661), Jaime II (1685), Guilherme III (1689), Jorge V (1911), (1937) e Elizabeth II (1953). Até o início do século XX, as pedras que compõe a coroa eram alugadas para a ocasião da coroação e depois devolvidas. Foi somente em 1911 que George V garantiu que a coroa fosse permanentemente revestida com suas pedras semipreciosas.
Em 1953, a rainha Elizabeth II adotou uma imagem estilizada da coroa para uso em brasões, emblemas, logotipos e outras insígnias em todos os reinos da Commonwealth para simbolizar sua autoridade real. A Coroa de St Edward está atualmente em exibição pública na Jewel House, na Torre de Londres e só é retirada para coroações reais.