Em 2024, comemoramos os 25 anos de "A Bruxa de Blair", filme que revolucionou o gênero de terror e se tornou um clássico. Lançado em 1999, dirigido por Daniel Myrick e Eduardo Sánchez, o longa-metragem inovou ao popularizar o estilo de filmagem "found footage" (filmagem encontrada), que posteriormente influenciaria diversas produções do gênero, como “Atividade Paranormal".
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O filme segue três estudantes de cinema que se aventuram na floresta de Black Hills para documentar a lenda local da Bruxa de Blair. Ao invés de efeitos especiais extravagantes ou uma narrativa complexa, o filme aposta na sugestão e no poder da imaginação do espectador. A filmagem tremida e a atuação natural dos atores, que muitas vezes improvisavam, aumentaram a sensação de autenticidade.
O marketing inovador foi outro fator crucial. Antes do lançamento, os cineastas criaram um site que detalhava a lenda da Bruxa de Blair e afirmava que os três protagonistas estavam desaparecidos, apresentando o filme como um documentário real. Este método de promoção gerou um enorme buzz e ajudou a cultivar um senso de mistério que atraía o público para os cinemas.
No entanto, "A Bruxa de Blair" também gerou polêmica. Muitos espectadores sentiram-se enganados pela campanha de marketing, acreditando que o filme era um documentário genuíno. Além disso, o estilo de filmagem tremida e a ausência de uma conclusão clara irritaram alguns espectadores, que esperavam uma narrativa mais tradicional.
Apesar das críticas, "A Bruxa de Blair" permanece um marco no cinema de terror. Seu baixo orçamento de cerca de 60 mil dólares e a bilheteria de quase 250 milhões de dólares demonstraram que era possível criar um filme de enorme sucesso com recursos limitados, contanto que a criatividade e a execução fossem inovadoras.
Assista ao vídeo com o comentário de Rodrigo James.
(*) Rodrigo James é jornalista, criador de conteúdo e publica semanalmente a newsletter MALA com notícias, críticas e pensatas sobre cultura pop e entretenimento.
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