Crises, remédios e respostas: o que descobrimos com o documentário ‘Eu Sou: Céline Dion’

27 jul 2024 - 05h00

Céline Dion, 56, é uma lenda viva da música. Uma de suas canções mais famosas, “My Heart Will Go On”, marcou também a história do cinema mundial ao ser tema de “Titanic”. No entanto, há uns anos a vida da cantora tem sido bastante conturbada.

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O período tortuoso iniciou em 2016, com a morte de René Angélil, marido de Céline. Ter se tornado viúva foi um grande baque na vida da artista, fato que ela nunca escondeu. O cenário piorou em 2022, quando ela cancelou diversos shows. À época, ela foi diagnosticada com a Síndrome da Pessoa Rígida (SPR), uma doença neurológica grave que faz a pessoa perder os controles dos músculos e atinge um indivíduo a cada um milhão. Desde então, suas aparições públicas se tornaram cada vez mais raras. 

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A trajetória de amor e dor da artista é retratada no documentário “Eu Sou: Céline Dion”, disponível com exclusividade no Prime Video e dirigido por Irene Taylor, cineasta indicada ao Oscar por “The Final Inch”.

Com tantos momentos emocionantes e revelações, separamos algumas das principais informações contadas pela produção. 

A Doença 

Céline Dion começou a sentir os primeiros sintomas da doença há 17 anos. “Comecei a ter alguns espasmos na voz. Foi assim que tudo começou. Acordei um dia e tomei café da manhã. Depois do café, minha voz ficou estranha. Isso me assustou um pouco”, conta no documentário. “Eu não conseguia fazer o teste de som nem me preparar o suficiente. E se você não se prepara o suficiente, pode se machucar. Então eu estava assustada, não sabia o que fazer. Agora tenho um diagnóstico: síndrome da pessoa rígida.”

A evolução da doença levou a cantora a ter problemas até mesmo para se locomover. “Perdia o equilíbrio, tinha dificuldade para andar, sentia muita dor.”

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A artista retratada no documentário “Eu Sou: Céline Dion”,
A artista retratada no documentário “Eu Sou: Céline Dion”,
Foto: Reprodução/ Prime Video

Uso de remédios

Entre os sintomas de Céline Dion está a rigidez de seus pulmões, tornando o ato de cantar uma dificuldade. Por isso, ela começou a usar remédios para conseguir se apresentar em público. "Eu precisava do meu instrumento. O meu instrumento não estava funcionando. Então comecei a aumentar a medicação.”

"Eram entre 80 e 90 miligramas de Diazepam por dia. Isso era apenas um medicamento. Não quero dramatizar, mas poderia ter morrido. Eu tomava esses medicamentos porque precisava andar. Precisava conseguir engolir. Precisava dos medicamentos para funcionar. Uma pílula a mais, duas pílulas a mais, cinco pílulas a mais. Eram muitas… Mas o show tinha que continuar", diz emocionada. 

Sem mais mentiras

Para a cantora, cancelar suas apresentações foi a decisão mais custosa que teve que tomar. "Fazer um show não é difícil. O difícil é cancelá-lo", revela no documentário. 

Céline confessa ter inventado mentiras para explicar por que não se apresentaria. "Quando cancelei os shows, tivemos que explicar ao público e às pessoas com mentiras", afirma. "Não posso mais continuar mentindo… Desde uma sinusite até uma otite, qualquer coisa."

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Ela também conta em “Eu Sou: Céline Dion” que houve ocasiões que sua voz falhava durante os shows e, para esconder, fingia que o microfone não estava funcionando ou pedia ao público que cantasse. A artista chegou até mesmo a interromper apresentações antes do fim.

A crise

Uma das cenas mais chocantes do documentário é a sequência na qual é filmado um episódio de crise de Céline. Ela tem uma convulsão, fica contorcida, não consegue falar, e lágrimas correm em seu rosto. Ao redor, sua equipe pede para que ela se acalme e faz os procedimentos necessários para trazê-la de volta ao normal. 

Após minutos de tensão, a cantora começa a mostrar sinais de recuperação. "Quando algo assim acontece comigo, sinto muita vergonha. Não sei como dizer isso, não gosto de perder o controle do meu corpo.”

Vida pessoal

Como não poderia deixar de ser, “Eu Sou: Céline Dion” também fala sobre a vida pessoal da artista. Na produção, é mostrado um pouco sobre a rotina na casa onde ela vive com seus filhos mais novos, os gêmeos Nelson e Eddy, de 13 anos. 

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O documentário, no entanto, não se estende quando o assunto é René Angélil, morto em 2016 após um câncer de garganta. Apenas são mostrados alguns registros dos dois juntos e uma gravação do enterro do marido de Céline. Quando ela fala sobre ele, mostra um colar que ganhou de presente –  que pertenceu à cantora Maria Callas – e se emociona bastante. 

Ao longo de 1 hora e 40 minutos de duração, “Eu Sou: Céline Dion” acompanha de maneira próxima e emocionante a vida da cantora. Segundo ela, o documentário é uma “carta de amor aos fãs”, e entrega as respostas que por tanto tempo o público pediu. A sensação, ao final, é de serenidade e paz, exatamente o que Céline precisa para se recuperar e, quem sabe, voltar a fazer o que mais ama: cantar. 

Fonte: Terra Content Solutions
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