Diversidade do Emmy é ponto fora da curva ou progresso real?

Lista de indicações da premiação que ocorre no próximo domingo é vitrine sem precedentes para pessoas não brancas

14 set 2020 - 11h53
(atualizado às 12h03)

Das mulheres de 20 e poucos anos da série Insecure à estrela muçulmana-americana de Ramy, a lista de participação no Emmy de domingo é uma vitrine sem precedentes para pessoas não brancas.

Billy Porter posa com seu prêmio Emmy de melhor ator em série dramática por "Pose"
22/09/2019
REUTERS/Monica Almeida
Billy Porter posa com seu prêmio Emmy de melhor ator em série dramática por "Pose" 22/09/2019 REUTERS/Monica Almeida
Foto: Reuters

Mas a indústria da televisão precisa tomar medidas concretas sobre as promessas de estimular escritores e diretores não brancos para garantir que a cerimônia de premiação de 2020 não seja apenas um ponto fora da curva desencadeado por um verão de protestos contra o racismo sistêmico nos Estados Unidos, segundo especialistas.

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"Tenho certeza de que a última coisa que a Television Academy queria era ter um 'Emmy branco demais' no meio de tudo isso", disse Eric Deggans, crítico de TV da National Public Radio. "Portanto, não estou surpreso que eles tenham prestado atenção especial ao trabalho dos artistas negros", afirmou Deggans, autor do livro Race Baiter de 2012.

O recorde de indicações ao Emmy para não brancas incluem Kerry Washington (Little Fires Everywhere e American Son), Sandra Oh (Killing Eve), Billy Porter (Pose), Regina King (Watchmen), Issa Rae (Insecure) e Sterling K. Brown (This is Us e Watchmen).

Watchmen, o drama de realidade alternativa com temas raciais, liderou as indicações com 26 no total.

As indicações abrem portas para outros negros, asiáticos e latinos e moldam percepções além do mundo do entretenimento, disse Rashad Robinson, presidente da organização de justiça social Color of Change.

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"O que esses prêmios representam é a maneira da indústria de criar um sistema de entrada de pessoas, de acesso a empregos e oportunidades", declarou Robinson. "Ela dita as histórias que vemos no mundo sobre quem somos, e isso tem profundas implicações nas regras tácitas sobre como somos tratados em hospitais, por juízes e nas escolas."

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