A série coreana 'Miss Night and Day' tenta mesclar fantasia, comédia romântica e mistério, mas acaba se perdendo na trama, resultando em uma narrativa confusa e incoerente.
"Miss Night and Day", novo hit coreano da Neflix, bem que tenta ser inovadora, mas tropeça feio ao misturar fantasia, comédia romântica e uma trama de assassinato que acaba se mostrando um desastre.
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A série estrelada por Jung Eun-ji, Lee Jung-eun e Choi Jin-hyuk, começa com uma premissa intrigante: Lee Mi-jin (Jung Eun-ji), uma jovem desempregada e sem sorte, se transforma em Lim Sun (Lee Jung-eun), uma versão mais velha de si mesma, sempre que o sol nasce. Apesar da mudança drástica na aparência, Mi-jin e Sun são essencialmente a mesma pessoa, o que gera situações engraçadas e românticas.
A química entre Mi-jin e seu interesse amoroso, Gye Ji-ung (Choi Jin-hyuk), que também é chefe de Lim Sun, é suficiente para cativar o público nos primeiros episódios. Mas, em vez de aproveitar esse dinamismo, a série se perde ao tentar inserir uma história de mistério mal desenvolvida que só serve para atrapalhar.
O mistério envolvendo uma série de assassinatos e desaparecimentos, incluindo o da tia de Mi-jin, Lim Sun (de quem ela pega o nome para seu alter ego), deveria trazer tensão à trama. No entanto, a investigação, que começa como um mero pano de fundo, rapidamente toma conta da narrativa, mas sem a profundidade necessária para manter o interesse. O resultado é uma trama confusa, onde os elementos de horror e suspense parecem forçados e mal executados.
A grande revelação da vilã, Na Ok-hui (Bae Hae-sun), é uma das maiores decepções. Sua motivação é fraca, baseada em clichês muito ultrapassados, como doença mental e vício em drogas. Ao invés de criar uma antagonista memorável, "Miss Night and Day" recorre a estereótipos preguiçosos que só enfraquecem a narrativa.
O que poderia ter sido um dorama encantador e inovador se afunda sob o peso de suas ambições mal executadas. "Miss Night and Day" é um exemplo claro de que, às vezes, tentar ser tudo ao mesmo tempo resulta em não ser nada de relevante.
(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.