Cillian Murphy sobre 'Oppenheimer': "Nolan foi até a Irlanda me entregar o roteiro"

O filme chega aos cinemas nesta quinta-feira (20).

20 jul 2023 - 09h00
(atualizado às 10h11)
Foto: Divulgação / Divulgação

'Oppenheimer' é um dos filmes mais aguardados do ano e um de seus grandes acertos foi a escalação de Cillian Murphy para interpretar o físico responsável pela criação da bomba atômica. Dirigido e roteirizado por Christopher Nolan, a produção foi baseada no livro vencedor do Prêmio Pulitzer, "American Prometheus: The Triumph and Tragedy of J. Robert Oppenheimer" e já chega com cheiro de indicação ao Oscar.

Em entrevista ao Terra, Cillian e Robert Downey Jr. contaram um pouco dos bastidores e o protagonista relembrou como foi seu primeiro contato com a história e o convite para fazer parte da produção.

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"Eu comecei a focar e ler. Foram seis meses. Christopher Nolan foi até a Irlanda me entregar o roteiro e percebi a pressão logo de cara. Todo ator ama um desafio, mas esse era grande", relembrou. "É um ataque de pânico em forma de roteiro e, confesso, fiquei feliz que eu não estava na pele do Cillian", completou Downey Jr.

Diante de um dos papéis mais densos de sua carreira, Murphy abriu o jogo sobre suas técnicas para conseguir entrar e sair dessa atmosfera que 'Oppenheimer' exigiu.

"Eu sempre tento manter leve, ainda mais quando você vai para lados mais escuros da psique, e quando Robert estava por perto era sempre divertido, cheio de conversas, mas conseguimos entrar no personagem num estalar de dedos. Sei que existem outros atores que trabalham de outras formas, mas amo ter leveza e uma atmosfera mais solar, caso contrário, é muita coisa para conseguir digerir", disse.

Para o protagonista, o físico conhecido como 'pai da bomba atômica' acreditava piamente que sua descoberta e criação seria usada em prol do bem.

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"Ele era muito ingênuo, ele achou que aquilo seria o fim das guerras, que seria a forma de controlar a proliferação da questão nuclear. Existe uma questão chamada de dissociação cognitiva, para conseguir dividir ideias conflituosas na sua cabeça. Isso acontece nos bastidores, eles chamada de 'The Gadget', e não de 'bomba genocida' , porque era uma forma de se distanciar daquilo".

Paulista, formada em jornalismo e cinema, sempre foi apaixonada por filmes e séries. Aos poucos, começou a escrever suas primeiras críticas e percebeu que poderia transformar o universo da Cultura Pop em sua profissão.
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