O Globo de Ouro é um dos momentos mais aguardados do cinema mundial, sendo considerado por muitos como a premiação de maior prestígio. Um votante brasileiro, o jornalista Vitor Moreno, da Folha de S.Paulo, compartilhou nesta segunda-feira, 6, sua experiência no processo de escolha dos vencedores.
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Ele conta que votou do sofá da sua própria casa e não em Los Angeles, nos EUA, onde ocorre a cerimônia de premiação. “Fiz minha escolha enquanto comia um pão com ovo, isso dá conta da falta de glamour do meu momento”, brincou.
O jornalista explicou que alguns votantes que estiverem na cidade norte-americana até podem se credenciar para o evento, mas que o convite não é feito porque não há espaço para os 334 jornalistas de 84 países que fazem parte desse processo.
A premiação vai além de troféus. Para a indústria, ela funciona como um termômetro para o Oscar e outras cerimônias, enquanto também oferece uma plataforma para destacar questões sociais e políticas. Em 2025, temas como diversidade, representatividade e sustentabilidade estão mais presentes do que nunca nas discussões que permeiam o evento.
Hollywood, com todo o seu glamour, também enfrenta desafios internos. Controvérsias sobre transparência e inclusão no Globo de Ouro levaram a reformas significativas nos últimos anos, incluindo a ampliação do corpo de votantes e a promoção de maior transparência no processo de escolha. "Agora, sentimos que estamos caminhando para algo mais justo e representativo", afirmou o votante. Ele contou que tentativa de compra de votos e troca de brindes tendenciosos eram frequentes.
Agora, com uma expansão na votação, que agora conta com 334 votantes internacionais, a diversidade de opiniões e culturas passou a desempenhar um papel crucial na seleção dos premiados. Esses votantes representam diferentes países e têm a missão de avaliar obras que transcendem barreiras linguísticas e culturais.
"A experiência de ser parte desse grupo é incrível, mas também desafiadora", relatou. "Assistimos a dezenas de filmes e séries, analisando não apenas atuações, mas também roteiro, direção e a relevância da narrativa para o cenário global." Essa diversidade de perspectivas enriquece o evento, ampliando a visibilidade de produções que, muitas vezes, ficam fora do radar do grande público.