Em processo, Eva Green diz que fazer "filme B" acabaria com carreira

A atriz está processando financiadores por um filme fracassado no qual seria estrela.

30 jan 2023 - 13h04
(atualizado às 15h29)
Foto: evagreenweb/Reprodução/Instagram

A atriz de Hollywood Eva Green, que está processando financiadores por um filme fracassado no qual seria estrela, disse a um tribunal de Londres nesta segunda-feira (30) que não faria um "filme B", argumentando que poderia acabar com sua carreira e que fazer produções de qualidade é sua "religião".

A atriz francesa, cujos créditos cinematográficos incluem o filme de James Bond '007 - Cassino Royale', está processando White Lantern Films e SMC Specialty Finance pela taxa de 1 milhão de dólares que ela diz ser devida pelo colapso do planejado filme independente 'A Patriot', no qual ela desempenharia o papel principal.

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A produtora, por sua vez, lançou uma ação contra Green por quebra de contrato, culpando-a pelo fracasso do filme de ficção científica antes de entrar em produção no final de 2019, dizendo que ela nunca teve a intenção de que o filme fosse adiante.

Em depoimento na Corte Superior de Londres, Green, de 42 anos, afirmou que o roteiro do filme foi um dos melhores que ela já leu e que "realmente se apaixonou por essa história".

"Era muito empolgante... um papel de soldado que nunca interpretei antes", disse ela ao tribunal. "Era sobre a mudança climática, era muito importante para o meu coração".

Em suas alegações por escrito, os advogados da White Lantern disseram que Green fez exigências irracionais sobre equipe, locais e equipamentos.

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"Eu queria fazer o filme mais brilhante possível", declarou Green ao tribunal, concordando com o advogado da White Lantern, Max Mallin, que fazer um "filme B" poderia acabar com sua carreira.

Questionada por Mallin se o diretor a havia abordado para fazer um "filme B de merda" – uma referência a uma mensagem de texto que ela havia enviado sobre o filme – por 1 milhão de dólares, ela disse que não.

"Eu não me importo com o dinheiro", afirmou ela. "Amo fazer bons filmes – é minha religião."

Green, cujos advogados dizem nunca ter quebrado um contrato ou perdido um dia de filmagem em seus 20 anos de carreira, disse que poderia ter garantido um filme de qualidade contratando uma equipe principal forte, mas os produtores não quiseram pagar taxas padrão da indústria.

O julgamento, que será concluído na próxima semana, determinará a responsabilidade com possível sentença estabelecida em uma data posterior.

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