O cineasta Barry Jenkins, 44, está em São Paulo para participar do mega evento D23, para fãs da Disney, em antecipação ao seu novo filme Mufasa, spin-off do live-action O Rei Leão (2019).
Vencedor do Oscar pelo drama Moonlight (2016), de temática LGBT, e indicado por Se a Rua Beale Falasse (2018), adaptação do livro homônimo de James Baldwin, o diretor norte-americano é um ativista pelos direitos das minorias e crítico de Donald Trump.
Nesta sexta-feira, 8, Jenkins comentou o retorno do magnata à presidência dos EUA. "Ainda estou processando a eleição", afirmou, ao Estadão. "Já se passaram cerca de 36 horas. 18 dessas horas eu gastei viajando para cá. Outras 10 foram gastas dormindo. Temos eleições a cada quatro anos. Pessoas ganham, pessoas perdem. Nunca vi um presidente ganhar, perder, e depois voltar. É uma experiência nova, todos os americanos estão tentando processar", complementou.
O artista ainda projetou o futuro sob o comando do republicano ao citar o sistema que visa regular o poder de uma pessoa ou departamento. "O governo dos EUA tem o que chamamos de freios e contrapesos. Acho que de alguma forma, entre os três níveis diferentes de governo (Executivo, Legislativo e Judiciário), encontraremos uma maneira de navegar sobre o que a nova administração decidir e quiser fazer", acrescentou.
Mufasa tem previsão de estrear nos cinemas brasileiros em 19 de dezembro e conta a história de origem do pai de Simba.
A D23 ocorre pela primeira vez na América Latina e fica aberta até domingo, 10, na Transamérica Expo Center.