Uma história ambiciosa, com orçamento equivalente a R$ 615 milhões e imaginada por Francis Ford Coppola há quatro décadas. Foi com essa descrição que Megalopolis, novo longa do diretor de O Poderoso Chefão, estreou na última quinta, 16, no Festival de Cannes. Apesar disso, a crítica se dividiu sobre a produção.
O crítico de cinema do jornal britânico The Guardian, Peter Bradshaw, o considerou "megachato". Já Tim Grierson, da revista britânica Screen Daily, chamou Megalopolis de um "desastre". Por outro lado, a publicação americana Deadline o classificou como uma "obra-prima moderna que reinventa as possibilidades do cinema".
O filme é dedicado à esposa Eleanor Coppola, que morreu em abril aos 87 anos após seis décadas de parceria - e o próprio diretor considera que Megalopolis seja seu último trabalho.
"Acho admirável que este homem de 85 anos se comporte como um cineasta independente, como um artista que quer vir mostrar o seu trabalho. Cannes é importante para ele e ele é importante para Cannes", destacou Thierry Frémaux, diretor-geral do Festival.
Com chapéu de palha e bengala, o lendário diretor subiu as escadas em Cannes para a estreia. Embora a recepção dividida fora da sala, Megalopolis foi recebido com aplausos.
"Eu queria fazer um filme sobre como o ser humano expressa o divino", afirmou Coppola. "Eu diria que é o filme mais ambicioso no qual trabalhei, mais do que Apocalypse Now", completou. /Com agências internacionais.