Globo de Ouro: ‘Ainda Estou Aqui’ é derrotado por 'Emilia Pérez' na categoria de Melhor Filme de Língua Não Inglesa

Walter Salles não conseguiu repetir conquista 25 anos após Central do Brasil com filme protagonizado por Fernanda Torres

5 jan 2025 - 23h10
(atualizado em 6/1/2025 às 08h19)
‘Ainda Estou Aqui’ perde Globo de Ouro para filme francês
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O longa Ainda Estou Aqui acabou derrotado por Emilia Pérez na categoria de melhor filme de língua não inglesa no Globo de Ouro. O diretor Walter Salles tentava repetir a conquista 25 anos depois. Em 1999, Central do Brasil, protagonizado por Fernanda Montenegro, saiu vitorioso da premiação.

Apesar de não levar o Globo de Ouro, o longa dirigido por Walter Salles já soma sete conquistas internacionais, como o prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Veneza. Além disso, viu Fernanda Torres vencer a premiação na categoria de Melhor Atriz de Drama

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No Globo de Ouro, Ainda Estou Aqui disputava a estatueta ao lado de outras cinco produções premiadas: Emília Perez (França), de Jacques Audiard --que era o grande favorito e confirmou o status--,Tudo que Imaginamos Como Luz (Índia), de Payal Kapadia; The Seed Of The Sacred Fig (Alemanha), de Mohammad Rasoulof; A Garota da Agulha (Dinamarca), de Magnus von Horn; e Vermiglio (Itália), de Maura Delpero.

O longa protagonizado por Fernanda Torres e Selton Mello, é uma adaptação do livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva e conta a história da família Paiva, que foi destruída pelo regime militar durante o período da ditadura. A personagem principal da história é Eunice Paiva (Fernanda Torres), esposa de Rubens Paiva (Selton Mello), deputado que foi cassado durante o golpe de 1964, chegou a ficar exilado, foi levado pelos militares e nunca voltou para casa.

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Eunice dedica a sua vida a conseguir provar que o marido foi morto pelos oficiais logo após ser preso. Ela também chegou a ser levada para “prestar esclarecimentos”, mas acabou liberada após 12 dias em uma cela isolada sem ver a luz do sol. Eliana, uma dos cinco filhos do casal, ficou detida por 24 horas.

Uma das cenas mais marcantes acontece quando Eunice finalmente consegue a certidão de óbito do marido. Rubens Paiva foi morto em janeiro de 1971, mas o documento só saiu em 1996 após lei do governo Fernando Henrique Cardoso que determinou que as pessoas desaparecidas durante a ditadura fossem consideradas mortas. Eunice foi um importante nome na luta para esse reconhecimento.

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Fonte: Redação Terra
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