O romantismo morreu? Não para os fãs de dramas coreanos, os doramas. Cada vez mais brasileiros assistem às séries produzidas em Seul, conhecidas pelos amores à moda antiga. São 11 milhões de cadastrados em uma plataforma de vídeos.
No ‘Fantástico’, o terceiro episódio da série ‘Coreia do Sul – A Conquista do Pop’, conduzida pelo repórter Estevan Muniz, mostrou a paixão das ‘dorameiras’ pelas tramas açucaradas e seus galãs comportados de aparência dócil.
Um deles, Sung Hoon, de 41 anos (com cara de 25), esteve no Brasil. Veio para um evento com fãs que pagaram até R$ 2,7 mil para chegar perto, abraçá-lo e tirar uma foto.
“Antigamente era Hollywood que fazia sucesso no mundo inteiro, agora é a vez da nossa cultura K ser reconhecida em todos os lugares”, disse o artista à Globo. O K é de Korea.
Os heróis apaixonados coreanos experimentam o sucesso com a mulherada que um dia fizeram os bonitões da Globo. Há tempos não surge um fenômeno de popularidade como Thiago Lacerda na pele de Matteo em ‘Terra Nostra’ e Reynaldo Gianecchini como Edu em ‘Laços de Família’.
Cauã Reymond e Chay Suede são tietados, mas nenhum deles já atraiu tantas fãs – e pagando caro – só para vê-los. As noveleiras estão bem menos empolgadas com os galãs globais. Reflexo da crise de criatividade da teledramaturgia.
Há outro aspecto para o frenesi em torno dos rapazes da Coreia do Sul: o crescente reconhecimento da beleza dos orientais, intrinsecamente ligada aos poderosos cosméticos exportados para os quatro cantos do planeta, inclusive ao Brasil.
Os doramas agradam a diferentes os perfis de telespectadoras no país. A coluna descobriu que uma das mais fiéis é a estilista Gloria Coelho, dona da marca homônima sinônimo de sofisticação. Seu lazer preferido é ficar no sofá de casa, com seu cachorro, assistindo aos romances avassaladores ‘made in Korea’.