Em 2022, a premiação do Globo de Ouro foi fechada para televisão e imprensa, tendo somente a lista dos indicados revelada e após soubemos quem de fato recebeu as premiações. Tudo isso se deu devido aos escândalos envolvendo a cerimônia que aconteceram em 2021.
O Los Angeles Times, acusou em 21 de fevereiro de 2021, a fundação Hollywood Foreign Press Association (HFPA) de negociação própria. Entre as acusações levantadas estavam que 30 membros da HFPA viajaram para França em 2019, no set de "Emily in Paris".
Dois anos depois, a série em duas categorias, enquanto shows mais elogiados pela crítica como "I May Destroy You" não foram cogitados para premiação.
A organização também não tinha nenhum membro negro. Meher Tatna, ex-presidente da fundação, disse à Variety que não havia nenhum membro negro por pelo menos duas décadas. Ao saberem da informação vários indicados ao Globo de Ouro pediram por mudanças nas mídias sociais, incluindo Ava DuVernay.
De acordo com a Vogue, antes da edição de 2021, em 28 de fevereiro, a fundação veio a público se pronunciar sobre as informações que vinheram a público.
"Estamos totalmente comprometidos em garantir que nossa associação reflita as comunidades ao redor do mundo que amam cinema, TV e os artistas que os inspiram e educam. Entendemos que precisamos trazer membros negros, bem como membros de outras origens sub-representadas, e trabalharemos imediatamente para implementar um plano de ação para atingir esses objetivos o mais rápido possível", prometeu na época.
Polêmicas do Globo de Ouro pioram
Em março de 2021, a fundação contratou um novo consultor estratégico de diversidade e prometeu que pelo menos 13% de seus membros seriam negros.
Mas em abril do mesmo ano, o Deadline revelou que o ex-presidente da fundação que liderou por oito mandatos Philip Berk enviou um e-mail compartilhando um artigo que rotulou o "Black Lives Matter" como um movimento de ódio racista.
Depois desse acontecimento, Berk foi expulso da fundação, porém o ocorrido aumentou ainda mais a crise da HFPA. Assim, novos planos surgiram em maio de 2021 e a promessa foi de diversificar e propor restrições aos presentes que seus eleitores poderiam aceitar.
Mas Netflix, Amazon Studios e WarnerMedia anunciaram que não apoiariam a fundação até que mudanças mais intensas acontecessem.
O que pode melhorar neste ano?
Em 2023, agora que a premiação está novamente aberta para imprensa e televisão a expectativa é que haja mais ações de inclusão e melhora na administração do evento que aquece os filmes e séries que podem estar entre os ganhadores do Oscar.
Os fãs esperam que no universo do cinema os filmes: "Babilônia", "Tudo em todo o lugar ao mesmo tempo", "Os Fabelmans", recebam pelo menos um prêmio nas indicações que receberam. No universo das séries "Wandinha" e "A casa do dragão" são tramas que os telespectadores também desejam que recebam ao menos uma premiação.