No mês passado, a Netflix anunciou um novo e empolgante projeto dirigido por Antoine Fuqua (O Protetor): Hannibal, um filme biográfico sobre Aníbal Barca, o general e político cartaginês considerado um dos maiores estrategistas militares da história.
Denzel Washington interpretará esse guerreiro, que esteve ativo nos anos 181-183 a.C., ocupando assim o lugar de Vin Diesel no papel principal. Uma escolha que parece não agradar a alguns, como explica um artigo do jornal francês Le Monde. Na Tunísia, onde Aníbal foi elevado à categoria de herói popular a ponto de dar seu nome a um canal de TV, há quem não aceite que um ator negro lhe empreste suas características.
O assunto foi até mesmo debatido na Assembleia Nacional em 30 de novembro, quando um membro do parlamento se dirigiu à ministra dos Assuntos Culturais, Hayet Ketat Guermazi, apontando "um risco de falsificação da história". Segundo pesquisadores e historiadores, Aníbal tinha pele marrom, não preta.
Também foi lançada uma petição no site change.org, que acusa a Netflix e o restante da produção de apropriação cultural. Com cerca de 2 mil assinaturas até o momento, é improvável que a petição faça pender a balança sobre o assunto.
Netflix: Denzel Washington rouba o papel dos sonhos de Vin Diesel