Mel Gibson deu novos detalhes sobre a sequência de A Paixão de Cristo, filme que dirigiu em 2004 e deve ganhar continuação mais de duas décadas após seu lançamento.
Durante participação no podcast Joe Rogan Experience, Gibson foi perguntado sobre o início das filmagens do longa-metragem, ao que ele respondeu (via The Guardian): "Em algum momento no próximo ano".
"Requer muito porque é uma viagem de LSD", explicou. "Nunca li nada do tipo."
O ator e diretor ainda revelou que pretende escalar Jim Caviezel para interpretar Jesus novamente, usando técnicas de rejuvenescimento.
Gibson também adiantou que o filme, intitulado A Ressurreição de Cristo, tem "algumas coisas malucas". A produção está sendo roteirizada por ele na companhia de Randall Wallace — com quem trabalhou em Coração Valente (1995), por exemplo — e seu irmão Donal. O foco será nos três dias entre a crucificação e a ressurreição de Jesus.
"Acho que, para contar a história direito, você precisa começar com a queda dos anjos, o que significa que você está em outro lugar, em outro reino. Você precisa ir ao inferno", acrescentou.
Histórico
A carreira de Mel Gibson foi destacada com o lançamento de A Paixão de Cristo, que conquistou mais de US$ 600 milhões em bilheteria ao redor do mundo. Dois anos depois, porém, o cineasta se envolveu em polêmicas.
Em abril do ano passado, Gibson agradeceu a Robert Downey Jr. pelo apoio após ser preso por antissemitismo. Ele caracterizou o ator de Oppenheimer como "corajoso, generoso e gentil" em entrevista à Esquire (via NME), enquanto falava sobre quando foi condenado à prisão por comentários antissemitas feitos em 2006.
"Uma vez, me envolvi em uma situação complicada que meio que encerrou minha carreira", lembrou. "Eu estava bêbado no banco de trás de uma viatura e disse algumas besteiras, e de repente: colocado na lista negra. Eu sou o garoto propaganda do cancelamento."
"Uns anos depois disso, [Robert] me convidou para algum prêmio que ele estava recebendo — sempre tínhamos essa espécie de coisa de altos e baixos, onde se ele estava indo bem, eu estava caindo, e se eu estava indo bem, ele estava caindo", continuou.
"Então, basicamente, eu era praticamente inexistente em Hollywood na época, e ele se levantou e falou por mim. Foi um gesto corajoso, generoso e gentil. Eu o amei por isso." Gibson estava se referindo à cerimônia de premiação do American Cinematheque Awards de 2011, na qual Downey Jr. foi o homenageado do prêmio anual e falou sobre Gibson durante seu discurso de agradecimento.
O intérprete do Homem de Ferro pediu aos presentes na premiação que perdoassem Mel, "oferecendo a ele a mesma oportunidade de recomeço" que lhe deram no passado, "e permitindo que ele continue sua grande e contínua contribuição para nossa arte coletiva sem vergonha". No mesmo ano, Gibson foi acusado de agressão contra a ex-namorada Oksana Grigorieva (via ABC News).