Uma juíza do Estado do Novo México rejeitou nesta sexta-feira as acusações de homicídio culposo contra o ator Alec Baldwin, após seus advogados alegarem que a polícia e promotores ocultaram evidências sobre a origem da bala real que matou a diretora de fotografia do filme Rust, Halyna Hutchins, em 2021.
Três dias após o julgamento de Baldwin ter começado no Novo México, a juíza Mary Marlowe Sommer tomou a decisão após ouvir as evidências — incluindo da promotora que se apresentou ao tribunal — acerca de um pedido da defesa feito nesta sexta-feira.
Baldwin abraçou mulher, Hilaria Baldwin, que esteve na corte durante todas as audiências da semana. Sua irmã, Elizabeth Keuchler, chorou após a decisão da juíza. Baldwin deixou o tribunal sem falar com a imprensa.
Os advogados do ator afirmaram que o gabinete do xerife de Santa Fé usou balas reais como evidência do caso, mas não as listou na investigação do ocorrido nas filmagens de "Rust", nem revelou a sua existência aos advogados de defesa.
Eles também alegaram que as munições eram evidências de que a bala que matou Hutchins veio de Seth Kenney, fornecedor do filme. Ele negou ter dado munições reais para a produção e não foi acusado no caso. Esperava-se que ele testemunhasse contra Baldwin.
As munições de Colt. 45 no centro da rejeição das acusações foram entregues para o gabinete do xerife do condado de Santa Fé no dia 6 de março por Troy Teske, um amigo de Thell Reed, padrasto da armeira de "Rust", Hannah Gutierrez. No mesmo dia, ela foi condenada por homicídio culposo pela morte de Hutchins.
Uma perita do gabinete do xerife de Santa Fé, Marissa Poppel, testemunhou nesta sexta-feira que as balas não foram ocultadas de Baldwin, que ela recebeu instruções para registrá-las, e também os detalhes de como elas foram obtidas, em uma diligência com outro número, mas relativa ao caso de "Rust". Ela contestou a afirmação do advogado do ator, Alex Spiro, de que a munição Colt .45 correspondia ao cartucho que matou Hutchins.
Promotores alegam que Baldwin teve um papel na morte de Hutchins por ter manuseado a arma de forma irresponsável. Sua defesa afirma que o ator foi vítima das ações de Gutierrez e de outras pessoas responsáveis pela segurança do set de filmagens, e que os agentes da polícia estavam mais interessados em acusar seu cliente do que em encontrar a origem da bala real que matou a diretora de fotografia.