Décadas de desenvolvimento e 120 milhões de dólares depois, Megalópolis chegou aos cinemas com opiniões divididas, um acontecimento que não é estranho à carreira do lendário Francis Ford Coppola - se O Poderoso Chefão se tornou um clássico em não muito tempo, Apocalypse Now precisou maturar mais na opinião pública até alcançar o status que tem hoje. Por ele, tudo bem: antes assumir riscos criativos ao contar histórias do que se entregar às fórmulas, repetições e "negócios".
"Negócios te viciam em algo e aí te vendem isso, sabe, como a Coca-Cola ou muitas outras que te vendem um hábito que criaram para você e depois ganham dinheiro com isso", disse o cineasta em entrevista ao AdoroCinema. Em um período marcado por uma enxurrada de remakes, reboots e outras formas de repaginação de histórias já conhecidas, Coppola sabe que suas obras também podem estar na mira de possíveis voltas.
"Depende se alguém acha que pode fazer Apocalypse Now porque o filme pertence a mim. O Poderoso Chefão pertence a Paramount e tenho certeza de que alguém fará outro O Poderoso Chefão, mas eu não sei. Não me importo", pontuou o cineasta. Em vez disso, o diretor nos fala sobre uma perspectiva mais otimista de futuro para o cinema.
Coppola citou o mais recente vencedor da Palma de Ouro em Cannes, Sean Baker, diretor de Anora. "O que mais me anima é quando vejo pessoas jovens fazendo filmes muito pessoais, que me levam a um mundo em que eu nunca teria entrado, que nunca saberia nada sobre.…
Francis Ford Coppola vem ao Brasil para receber prêmio especial: Megalópolis terá exibição inédita