Os Anéis de Poder, spin-off da franquia de O Senhor dos Anéis, sem dúvida, era uma das estreias mais aguardadas deste ano. Com um orçamento que passou de R$ 1 bilhão, o Prime Video não economizou esforços (nem dinheiro) para traduzir mais uma parte da obra de J.R.R. Tolkien para o streaming. O resultado disso? Uma produção impecável em seus detalhes, que impressiona na beleza de cada cena e que faz jus a um dos autores mais renomados de todos os tempos.
Quem não assistiu ou nunca leu Senhor dos Anéis, vai conseguir embarcar na história? Sim, sem dúvida. Os dois primeiros episódios buscam introduzir e apresentar os personagens, aproximando o público de cada narrativa que começa a ser traçada. Seja para quem já era fã ou para quem não conhece o universo de Tolkien, o roteiro é construído para ambientar os novos espectadores, criando identificação com personagens, e também pensado naqueles que já estão familiarizados.
As duas primeiras horas, que é a duração dos dois primeiros episódios, nos leva para a maravilha visual da Segunda Era da história da Terra-média, milhares de anos antes de O Hobbit e O Senhor dos Anéis e muito tempo antes dos grandes poderes serem forjados. Contar essa história era um grande desafio, já que mexer com obras bem consolidadas na visão dos fãs e da bilheteria, requer sempre um cuidado e uma expectativa. Porém, Os Anéis de Poder consegue entregar a grandiosidade de Tolkien e da história prévia, nos fazendo embarcar em uma aventura de espada e feitiçaria com a melhor qualidade visual e narrativa.
Assim como em Senhor dos Anéis, um dos grandes trunfos da série é o elenco. Poderoso e bem estruturado, os novos atores, que se juntam a personagens já conhecidos dos filmes, como Galadriel (Morfydd Clark) e Elrond (Robert Aramayo), conseguem unir seus talentos de forma coesa.
Entre as Montanhas Nebulosas, a capital élfica de Lindon e reino insular de Númenor, Os Anéis de Poder é um deslumbre visual e narrativo.