Antes de assinar seu primeiro descarrilamento cinematográfico com seu salto para o cinema de super-heróis no infame Esquadrão Suicida, em 2016, a filmografia de David Ayer, tanto em seu papel de diretor quanto em sua faceta de roteirista, era feita de triunfos - mais ou menos sólidos, mas triunfos, afinal -; demonstrando que ele era um especialista em retratar a violência no nível das ruas e a dinâmica entre os membros mais coloridos das forças da lei e da ordem.
Claustrofobia no campo de batalha
Depois de se apaixonar pelo roteiro de Dia de Treinamento, que escreveu sozinho, Ayer deu o salto para a direção, especializando-se em ambientes urbanos contemporâneos, mas em 2014 o nativo de Illinois voltou ao convulsivo 1945. Tudo para narrar os estágios finais da Segunda Guerra Mundial pelos olhos de uma brigada de soldados americanos a bordo de um tanque no notável Corações de Ferro.
Essa história de guerra exemplar, além de funcionar plenamente tanto em suas aspirações narrativas quanto em seu tratamento formal eletrizante e rude, é provavelmente o longa-metragem mais sólido da carreira do diretor. Grande parte do seu sucesso se deve, sem dúvida, à experiência de Ayer no campo militar - especificamente no Corpo de Fuzileiros Navais - que ele trouxe para a tela, injetando uma veracidade extra de conhecimento.
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