A organização que representa a indústria do cinema pornográfico nos Estados Unidos, Free Speech Coalition (FSC), anunciou nesta quinta-feira uma nova moratória sobre as filmagens de produções desse tipo no país após a detecção de um possível caso de HIV em um ator.
A suspensão das filmagens faz parte do protocolo habitual de atuação da FSC cada vez que se detecta uma infecção com o vírus da aids.
"Houve um teste que deu positivo em um de nossos centros de análise. Ainda não temos as provas de confirmação, mas estamos adotando as medidas preventivas para proteger os atores", comentou a diretora da FSC, Diane Duke.
Os passos seguintes serão realizar testes adicionais, estabelecer em que momento aconteceu o suposto contágio e identificar o portador do vírus que causou o contágio.
A moratória está em vigor a partir de hoje, sem data estabelecida para sua suspensão.
Trata-se da terceira vez no período de um ano que se suspendem as filmagens em razão de um teste de HIV positivo.
Nesta ocasião, o anúncio acontece menos de 15 depois que os legisladores da Califórnia rejeitaram uma iniciativa que pretendia impor o uso do preservativo nas filmagens de cinema pornô no estado como medida de segurança trabalhista.
O setor se opunha a essa iniciativa por considerar que restringe a liberdade dos atores, que o público não quer ver preservativos, que seus atuais sistemas de prevenção e controle funcionam e que os casos de aids detectados durante os últimos tempos em atores pornô tiveram a ver com relações que ocorreram fora dos estúdios.
Uma legislação similar foi aprovada no condado de Los Angeles em 2012, onde se encontra o núcleo da produção de pornô dos EUA, o que fez com que em 2013 as solicitações para gravar este tipo de filmes caíssem 90% em termos anualizados.