Documentário de Simone Biles pode devolver medalha olímpica a Jordan Chiles

Equipe da ginasta usa gravações da série da Netflix como prova em disputa por medalha de bronze nas Olimpíadas de Paris

18 set 2024 - 18h16
(atualizado às 18h37)
Foto: X/The Olympic Games / Pipoca Moderna

A série documental de Simone Biles, gravada pela Netflix durante os Jogos Olímpicos de Paris, pode ser a chave para a reversão de uma decisão que tirou a medalha de bronze da ginasta Jordan Chiles no solo. A equipe jurídica de Chiles entrou com um recurso no Supremo Tribunal Federal da Suíça nesta segunda-feira (16/9), buscando anular a decisão da Corte Arbitral do Esporte (CAS) que concedeu a medalha à romena Ana Barbosu.

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Documentário de Biles é peça central no processo

Imagens registradas pela equipe do documentário são apontadas como provas essenciais no caso. De acordo com os advogados de Jordan Chiles, as gravações demonstram que o pedido de revisão da nota, feito pela equipe americana, foi enviado dentro do prazo estabelecido de 60 segundos, o que contraria objeção anterior do CAS.

Segundo o jornal americano USA Today, as gravações podem ser determinantes para restabelecer a medalha de bronze de Chiles. "A imagem pode ser a prova cabal na luta de Chiles para manter sua medalha de bronze, porque enfraquece uma descoberta factual fundamental na decisão do Tribunal Arbitral do Esporte − mostrando que a apelação da pontuação da ginasta americana, conhecida como inquérito, foi enviada bem antes do prazo de 60 segundos", informou a publicação.

Jordan Chiles desabafa sobre a perda da medalha

Durante o MTV Video Music Awards, realizado em Nova York no dia 11 de setembro, Jordan Chiles falou publicamente sobre a disputa e a devolução da medalha. "A maior coisa que me foi tirada foi o reconhecimento de quem eu sou. Não apenas meu esporte, mas a pessoa que sou. Não se trata de medalha. É sobre a cor da minha pele. É sobre o fato de que houve coisas que levaram a essa posição de ser atleta. E eu senti como se tudo tivesse sido arrancado", declarou a ginasta no evento.

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Entenda o caso Chiles x Barbosu

Após a final do solo na ginástica artística dos Jogos Olímpicos de Paris, Jordan Chiles foi ao pódio na 3ª posição, junto a Simone Biles e a campeã brasileira Rebeca Andrade. A premiação das três atletas negras rendeu uma foto que viralizou, com Biles e Chiles ajoelhadas e prestando homenagem à Rebeca Andrade.

No entanto, Ana Barbosu, da Romênia, protestou após comemorar a medalha de bronze ao final da prova. Ela perdeu o pódio porque a equipe americana recorreu para aumentar a nota de 13.666, inicialmente atribuída a Chiles, o que a colocou na 3ª posição após a revisão.

A Federação Romena de Ginástica e Ana Barbosu contestaram o resultado junto à Corte Arbitral do Esporte, que decidiu a favor da romena. O CAS alegou que o aumento de 0.100 na nota de Chiles foi realizado fora do prazo regulamentar de 60 segundos, resultando na devolução da medalha para Barbosu e rebaixando Chiles para a 5ª posição. As imagens do documentário provariam que essa decisão não condiz com o que aconteceu e, portanto, não possui base legal. Com a comprovação de que seguiu a regra, Chiles voltaria a ficar com o bronze.

Pipoca Moderna
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